postado em 20/04/2008 19:03
Eles têm motivos de sobra para arrumar as malas, empacotarem os móveis e documentos dos escritórios e saírem de vez de Brasília, mas nenhuma dessas razões é forte o suficiente para vencer a paixão que esses empresários têm pela capital República. Executivos de diferentes ramos da economia ouvidos pelo Correio admitem ganhar menos nos negócios para oferecer à família uma excelente qualidade de vida. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD), a cidade tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os municípios brasileiros, 0,936, pouco abaixo do indicador dos Estados Unidos, de 0,939.
A estilista Kátia Ferreira, 36 anos, é uma das pessoas que abraçaram Brasília. Pelos seus cálculos, sua grife, a Apoena, seria cinco vezes maior se ela tivesse transferido a confecção para o eixo Rio ; São Paulo. A empresa tem quatro anos e enfrenta os problemas clássicos das firmas instaladas na capital. Todos os insumos usados na produção das roupas e acessórios vêm de fora do Distrito Federal. A clientela também está toda em outros estados. ;Se me mudasse para São Paulo sei que ganharia em agilidade. Em Brasília estou longe das fábricas de tecidos e, se tenho uma necessidade urgente, demoro mais para resolver;, pondera a empresária, nascida em Tocantins.
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