postado em 21/04/2008 20:31
Financie o imóvel em até 20 anos pagando apenas 11 parcelas a cada ano. Esta é uma das promessas da nova linha que estará disponível no Banco do Brasil a partir de junho. O cliente ainda terá carência de até seis meses para desembolsar a primeira parcela. O alvo do BB para esta linha é a classe média, com salário acima de R$ 2.075. Além de destinar parte do dinheiro das suas cadernetas de poupança, o BB aguarda autorização para operar também recursos do FGTS, com condições ainda mais facilitadas, como juros a partir de 5,5%.
De acordo com Sérgio Augusto Kurovski, gerente-executivo de novos negócios do Banco do Brasil, nesta nova linha ;o cliente poderá escolher um mês, que normalmente fica mais sobrecarregado financeiramente, para não pagar a parcela do financiamento. O valor seria diluído nas prestações ao longo do ano;. Janeiro deverá ser o mês mais solicitado pelos tomadores de crédito. "Normalmente, nesta época as pessoas ainda estão com dívidas do Natal e ainda precisam pagar diversos impostos como IPTU e IPVA", conta Kurovski.
A carência de seis meses é outra facilidade para desafogá- los. "Quando uma pessoa adquire um imóvel precisa arcar com uma série de despesas iniciais como tributos, a mudança dos móveis ou até mesmo a compra da mobília, além da instalação de equipamentos. Não queremos que a parcela do financiamento seja mais um encargo para o nosso cliente nesse momento", conta o gerente-executivo.
Hoje o BB já oferece crédito para imóveis acima de R$ 350 mil, através do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) - modalidade que capta recursos do mercado e empresta a juros livres, até mesmo acima da taxa básica praticada no Brasil, a Selic. Desde fevereiro do ano passado, o banco oferece duas outras linhas para titulares da caderneta Poupex (voltada para militares e funcionários do BB) operando tanto dentro do SFH como no SFI.
Até o final de março, o Banco do Brasil estava impedido de destinar o dinheiro arrecadado pela poupança para outros fins que não fossem o crédito rural. Com a permissão do Conselho Monetário Nacional (CMN) para aplicar até 10% dos recursos de poupança para o setor imobiliário, o BB poderá atender novas linhas de crédito com até R$ 4,5 bilhões. Para este primeiro ano, o banco vai aplicar R$ 1 bilhão nesta nova linha do SFH, que apesar de ter algumas restrições, como financiamento de até 80% do valor de imóvel avaliado em até R$ 350 mil, é uma das mais procuradas porque o CMN não permite que os juros ultrapassem 12%.
Agora o BB aguarda a liberação do Conselho Curador do FGTS para operar também os recursos do fundo de garantia por tempo de serviço. Atualmente, esta é a carteira mais procurada pelos tomadores, pelas condições mais favoráveis de financiamento. Os juros podem chegar a 5,5%. No ano passado, alguns bancos privados como Itaú e Bradesco, conseguiram tirar da Caixa Econômica a exclusividade para operar este fundo. Por isso, o Banco do Brasil está confiante de que poderá contar também com o FGTS.
"Está quase certo. Aguardamos R$ 1 bilhão do FGTS, o mesmo valor que vamos destinar da nossa poupança", afirma Kurovski. A meta do banco é alcançar o volume de R$ 5 bilhões até 2012, ultrapassando os bancos particulares que atuam nesse mercado, como o Bradesco ; o terceiro do ranking.
Saindo o FGTS, o BB pretende oferecer ainda outra linha recém-lançada pelo Conselho Curador, a pró-cotista, que é voltada para pessoas com rede superior a R$ 4,9 mil."O crédito imobiliário é um excelente instrumento para conquistar novos clientes e fidelizar sua base de clientes atuais, pois cria um relacionamento duradouro já que os financiamentos duram no mínimo 15 anos", aponta Kurovski.