Economia

Auditores fiscais: ministro Paulo Bernardo diz que não há como melhorar proposta

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postado em 22/04/2008 15:52
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira (22/04), que o governo não tem como melhorar a proposta apresentada aos auditores fiscais, que estão em greve desde o dia 18 de março. O governo ofereceu reajuste de 43,9% para servidores com salário teto e de 41,7% para os auditores com salário inicial. O aumento seria aplicado até 2010, sempre no mês de julho. "Nós temos uma posição que foi apresentada a eles, que até o momento eles não aceitaram, mas que de fato não temos como evoluir. Não temos como avançar. Porque nós não estamos negociando só com os auditores, nós estamos negociando com várias outras categorias que têm como referência o salário deles", afirmou o ministro, depois de participar, em São Paulo, da abertura do 3º Congresso Brasileiro de Pesquisa, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Bernardo disse que a expectativa é de que a greve chegue ao fim ainda neste semana, uma vez que o Judiciário está analisando a possibilidade de cortar o ponto dos grevistas. A nossa expectativa é que, depois da decisão do judiciário determinando o corte dos pontos e, restando que nós não temos como avançar mais do ponto de vista econômico, que nós tenhamos um acordo nesta semana, disse. Indagado se achava justo o pleito dos auditores, o ministro respondeu que não iria fazer juízo de valor e que todas as categorias consideram justas suas reivindicações. "Eu tenho que fazer uma proposta que seja sustentável do ponto de vista do orçamento e, comparativamente, o que nós estamos oferecendo aos auditores é muito acima do que a qualquer outra categoria neste momento", argumentou. O ministro lembrou que o atraso na aprovação do orçamento trouxe dificuldades para o governo, em particular, na execução de investimentos. "Vamos fazer um esforço, agora, para tirar essa diferença", concluiu. Em assembléia nacional realizada na última sexta-feira (18/04), os auditores fiscais decidiram manter a greve e rejeitar a proposta do governo. A categoria aprovou também a realização de ato público em Brasília, na próxima quinta-feira (24/04), às 10h00, em frente ao Ministério do Planejamento. No mesmo dia, a partir das 14h30, os auditores vão visitar o Congresso Nacional. Os auditores fiscais querem que seus vencimentos sejam equiparados com o dos delegados federais, o que elevaria o piso da categoria de R$ 10.155,52 para R$ 11.614,10 e o teto da carreira de R$ 13.382,26 para R$ 16.683,98.

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