postado em 22/04/2008 17:26
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou o pregão desta terça-feira em alta --o quinto pregão consecutivo-- conseguindo resistir à derrocada dos mercados americanas, favorecida pelo desempenho das ações de Vale do Rio Doce e Petrobras, com a disparada dos preços de commodities. A baixa histórica do dólar frente ao euro favoreceu as commodities e sustentou a valorização de ações influenciadas por esse mercado. Em Nova York, o preço do barril de petróleo atingiu a marca histórica de US$ 119,37, em seu quinto recorde consecutivo.
O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, valorizou 0,75%, para os 65.412 pontos. O volume financeiro foi de R$ 9,92 bilhões, inflado pelo vencimento de opções sobre ações.
Na Europa, as principais Bolsas de Valores encerraram a jornada de negócios de hoje com perdas, a exemplo de Londres (baixa de 0,30%) e Frankfurt (perdas de 0,85%), principalmente por conta de ações do setor bancário. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sofre retração de 0,82%.
Entre as principais notícias do dia, o banco britânico Royal Bank of Scotland comunicou que pretende aumentar seu capital em US$ 23,7 bilhões para fazer frentes às perdas de US$ 11,6 bilhões com os créditos "subprime". A companhia telefônica AT, a líder do setor nos EUA, anunciou lucro de US$ 3,46 bilhões no primeiro trimestre de 2007, com alta de 21,5% sobre o mesmo período do ano passado. No front doméstico, a Fundação Getúlio Vargas informou que o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) subiu 0,37% na segunda leitura prévia do mês de março, contra 0,78% na mesma leitura no mês anterior. O boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos analistas já revisou para baixo a projeção de crescimento do PIB neste ano, de 4,7% para 4,6%, devido à elevação da taxa Selic para 11,75% ao ano.