postado em 23/04/2008 19:11
A linha de penhor da Caixa Econômica Federal (CEF) emprestou, no primeiro trimestre deste ano, 16,5% a mais do que no mesmo período do ano passado. Em números absolutos, o montante emprestado foi de 1,3 bilhões contra 1,1 bilhão nos três primeiros meses de 2007. Além disso, a quantidade de contratos de penhor ativos - mais de 2,3 milhões, atualmente - aumentou 11,7% nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2008 em comparação a período idêntico do ano anterior.
;Só não houve um aumento da carteira de clientes, mas cresceu o número de contratos e aumentou o volume de dinheiro emprestado. Portanto, nossos clientes antigos estão contratando mais penhor;, avalia Paulo Roberto Gomes, da Gerência Nacional de Penhor da Caixa. Ele atribui os números ao fato de, em novembro do ano passado, a CEF ter reduzido as taxas de juros cobradas pelo penhor e aumentado o prazo máximo para devolução do empréstimo.
Os juros pelo dinheiro emprestado mediante penhor ficavam, anteriormente, entre 2% e 2,85%. Agora, podem ser de 1,8% a 2,85%. Já o período máximo para quitação de empréstimo oferecido pela Caixa na linha de penhor foi ampliado de 120 para 180 dias.
Perfil
O serviço de empréstimo sob penhora normalmente é procurado por quem precisa obter dinheiro rápido e de forma simples. As exigências são pouquíssimas para se ter o valor necessário em mãos: basta apresentar carteira de identidade, comprovante de residência e CPF em dia com a Receita Federal. Os tomadores de empréstimo, em geral, têm entre 35 e 50 anos. As mulheres são maioria: 74%.
A média de valor tomada pelos clientes é de R$ 570 e a maior parte devolve o dinheiro em um período de 30 a 45 dias. ;Eles podem optar por prazo maior, são eles quem definem;, explica Paulo Roberto Gomes, que informa ainda que o penhor empresta valores entre R$ 50 e R$ 50 mil. As jóias, claro, ganham disparado entre os objetos penhorados, mas segundo Paulo Gomes também são empenhados relógios com certa freqüência. A Caixa tem linha de penhora há 147 anos.