postado em 23/04/2008 19:20
Apesar da atual turbulência nos mercados financeiros, 44% das empresas privadas de capital fechado do mundo pretendem crescer por meio de aquisições nos próximos três anos, revela o IBR (International Business Report), produzida pela Grant Thornton International. Delas, 23% pretendem fazer aquisições internacionais.
Entre os empresários brasileiros, este número cresce para 64%. O Brasil é o segundo país da lista, atrás apenas da China (67%). Dos brasileiros, 91% acreditam que expandirão seus negócios adquirindo uma empresa nacional.
A pesquisa mostra que, para essas companhias, as fusões e aquisições locais e internacionais são importantes ferramentas estratégicas para impulsionar o crescimento. "A pesquisa também mostra que aproximadamente 30% das empresas brasileiras planejam abrir o capital nos próximos três anos", afirma Rogério Villa, sócio da auditoria Terco Grant Thornton. Os brasileiros ocupam o quarto lugar da lista, atrás da China (60%), Índia (37%) e Malásia (37%).
No total, o IBR ouviu 7.800 empresas de 34 países. Elas representam 83% do PIB (Produto Interno Bruto) global. No Brasil foram entrevistados 150 executivos de São Paulo (100), Rio de Janeiro (25) e Salvador (25).
De acordo com Villa, "as empresas que atuam em mercados emergentes vêem as fusões e aquisições internacionais como um modo de escalar de maneira mais veloz a cadeia de valor, especialmente por meio de aquisições de marcas e canais de distribuição nos Estados Unidos e Europa". Os números revelam que 59% dos empresários dos quatros principais países emergentes, chamados de Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), também acreditam que as fusões e aquisições são essenciais para o crescimento nos próximos três anos. "O Brasil é um país cada vez mais atrativo para investidores estrangeiros", afirmou Villa. "O investimento estrangeiro direto está aumentando e isso produz uma competição interna sadia pela elevação da competitividade diante da entrada das empresas internacionais", afirmou.
"O otimismo das empresas brasileiras se mostra não apenas por meio do interesse das organizações internacionais sobre as nacionais, mas também porque grandes corporações brasileiras estão adquirindo empresas estrangeiras. A grande demanda pelas commodities do Brasil também está contribuindo para chamar a atenção para o mercado brasileiro", afirmou.