Economia

IBGE: emprego com carteira assinada é recorde

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postado em 24/04/2008 11:34
O porcentual de trabalhadores com carteira assinada - no total de empregados nas seis principais regiões metropolitanas do país - chegou a 43,9% em março de 2008. Segundo a informação do gerente da pesquisa mensal de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, o porcentual é bem superior a março do ano passado (41,8%), e ainda maior do que no início da série, em março de 2002 (40,8%). Segundo Azeredo, somando também os militares e os funcionários públicos ao contingente de trabalhadores com carteira, ou seja, reunindo todos os trabalhadores considerados formais entre os ocupados nas seis regiões, o porcentual chegou a 51,6% em março de 2008, o maior porcentual da série histórica. "Em termos de trabalho registrado, formal, é o maior porcentual até hoje", diz. Em março de 2002, esse porcentual era de 48,1%. A formalidade maior no mercado de trabalho responde a um processo gradativo de recuperação, de acordo com Azeredo. "Mesmo que o Brasil tenha taxas de desemprego ainda elevadas, há um processo de recuperação que vem se sustentando desde 2005, com uma mudança na estrutura do mercado, resultando da queda no número de desocupados, aumento da ocupação, maior fiscalização", afirma. Em março, na comparação com fevereiro, o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou 0,4%. Na comparação com março do ano passado, houve expansão de 8,7%. Rendimento Os sucessivos aumentos no rendimento médio real da população ocupada, nas seis principais regiões metropolitanas, ocorrido nos últimos anos não foi suficiente, ainda, para recuperar as perdas entre o segundo semestre de 2002 e o terceiro trimestre de 2004. Em março de 2008, o rendimento médio real nas seis regiões ficou em R$ 1.188,90, ainda 2,4% inferior ao rendimento médio apurado em março de 2002, quando era de R$ 1.218,00. Azeredo explicou que "quando há um processo de recessão, como o ocorrido em 2003, a recuperação depois é muito demorada. Houve um processo de recomposição da renda, mas ainda não podemos dizer que, desde o início das perdas, houve ganhos efetivos (na renda)". Em março de 2008, ante fevereiro, o rendimento médio real caiu 0,6%. A maior queda ocorreu na indústria (-6,6%) e, segundo Azeredo, esse movimento é sazonal, tradicional no setor nessa época do ano, quando não costuma haver contratações. Segundo ele, o recuo na indústria consistiu no principal impacto de queda para a média da renda nas seis regiões no mês passado. Na comparação com março de 2007, o rendimento médio dos ocupados nas seis regiões aumentou 2%.

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