postado em 24/04/2008 16:44
O dólar comercial foi cotado a R$ 1,671 para venda, em alta de 0,72% nos últimos negócios desta quinta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi trocado por R$ 1,770 (alta de 0,56%). O Banco Central promoveu leilão de câmbio às 15h36 e aceitou ofertas dos dealers por R$ 1,6688 (taxa de corte).
A ata do Copom (Comitê de Política Monetária), relativa à reunião da semana passada, reforçou a expectativa dos economistas do setor financeiro de que a taxa básica de juros deve voltar a subir nos próximos meses.
Antes da ata, no entanto, alguns analistas consideravam que o ciclo de ajustes da taxa Selic seria curto. Após a leitura deste documento, uma parcela do mercado financeiro acredita que a autoridade monetária não deve parar de subir os juros tão cedo. Na ponta mais extrema das expectativas, uma corretora americana chegou a projetar uma taxa Selic próxima dos 14% --hoje é de 11,75% ao ano.
A perspectiva de juros mais altos, no entanto, não funcionar para derrubar ainda mais os preços da moeda. Como alguns corretores já comentavam desde a semana passada, a tendência de queda das taxas de câmbio poderia apresentar alguma "resistência" em torno da cotação de R$ 1,65.
"O fluxo está muito baixo, porque, a essas taxas, o exportador fica recuado. Os bancos, que têm posições compradas [a taxas maiores], aproveitam o momento para puxar as cotações e sair depois com algum ganho", afirma p diretor da corretora NGO, o economista Sidnei Nehme.
Juros futuros.
Os investidores reagiram de forma imediata à ata do Copom no mercado de contratos futuros de juros da BM (Bolsa de Mercadorias & Futuros). No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada avançou de 12,66% ao ano para 12,68%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada subiu de 13,57% para 13,67%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 13,72% para 13,81%.