Economia

Boletim Focus aponta que economistas elevaram previsão para inflação e juros

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postado em 28/04/2008 09:42
Os economistas e analistas do mercado financeiro continuam aumentando suas previsões para a inflação em 2008, apesar do aumento da taxa básica de juros na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. Também subiu a expectativa de alta dos juros. Segundo a pesquisa semanal do BC, o relatório Focus, a previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta de inflação, subiu pela quinta semana seguida. O IPCA deve fechar o ano a 4,79%, acima dos 4,71% esperados até a semana passada. Se confirmado, o indicador ficaria acima do centro da meta de inflação para esse ano, que é de 4,5%. Há duas semanas, o BC decidiu elevar a taxa básica de juros de 11,25% para 11,75% ao ano. O mercado esperava uma alta menor, de 0,25 ponto percentual. No comunicado, o BC citou como justificativa para o aumento dos juros a "perspectiva para a inflação", entre outros fatores. Os economistas também aumentaram a expectativa para a taxa Selic, que deve terminar 2008 em 13% ao ano. A previsão na semana passada era 12,75%. Para o final de 2009, a previsão subiu de 11,25% para 11,34%. Os demais indicadores de inflação pesquisados pela instituição também tiveram as projeções elevadas pelo mercado. O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) subiu de 6% para 6,01%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve a previsão aumentada de 6,21% para 6,31%; e o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) ficaria em 4,14%, ante 4,08% da semana anterior. A previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2008 ficou inalterada em 4,6%. Para 2009, foi mantida a previsão de 4%. Ambas estão abaixo da projeção oficial do governo, de 5% para os dois anos. Dólar A estimativa para o dólar foi mantida em R$ 1,75 no final deste ano. Para dezembro de 2009, a previsão caiu de R$ 1,85 para R$ 1,82. O saldo da balança comercial em 2008 foi mantido em US$ 25 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 19,36 bilhões para US$ 17,50 bilhões. Foi mantida a previsão de investimentos estrangeiros diretos, de US$ 30 bilhões (2008). Ficou estável a previsão para a relação dívida/PIB de 41,45% para este ano. Houve, por fim, piora na previsão para o saldo em conta corrente, de um déficit de US$ 16,5 bilhões para um resultado negativo de US$ 16,6 bilhões.

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