postado em 29/04/2008 09:26
Com a proximidade do período de definição do reajuste anual dos planos de saúde, parte das operadoras pressiona a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por um índice acima do estipulado no ano passado (5,76%). A Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo (Abramge) sugere um aumento entre 7% e 8%.
Segundo Arlindo de Almeida, presidente da Abramge, esse intervalo estaria próximo do que tradicionalmente ocorre com os custos médicos-hospitalares, ou seja, variam aproximadamente o dobro da inflação ; o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para balizar as decisões do Banco Central, ficou em 4,46% em 2007 e nos 12 meses terminados em março foi de 4,7%.
A ANS, no entanto, utiliza como parâmetros os aumentos dos planos coletivos ; ou planos-empresa. Como nesses contratos o reajuste é negociado entre as empresas-clientes e as operadoras, a agência entende que é uma forma de transferir aos consumidores individuais um maior poder de barganha. A Abramge, porém, acredita que esse método vem deixando os reajustes anuais abaixo das necessidades do mercado.
A agência deve definir o novo percentual em maio ; ele é aplicado na data de aniversário de cada contrato. Entre os diretores, no entanto, considera-se que não houve nenhuma grande modificação no mercado que justifique um índice tão superior ao aplicado em 2007.