Economia

Brasil seria primeira opção para investir em setor imobiliário, diz magnata dos EUA

;

postado em 29/04/2008 10:36
O bilionário americano do setor imobiliário Sam Zell disse que preferiria realizar seus próximos investimentos no Brasil, devido à expectativa positiva sobre a economia do país nos próximos 30 anos. "Eu compraria no Brasil", disse Zell, em uma conferência do Milken Institute. "[O Brasil] tem a chance de, em 30 anos, se tornar uma potência econômica maior que a China." Segundo ele, o Brasil atualmente é bastante auto-suficiente devido à sua população de cerca de 180 milhões de pessoas, conta ainda com uma força de trabalho altamente treinada e uma grande diversidade de produtos agrícolas e recursos naturais. Para o bilionário, a política da China de um filho por casal, estabelecida em 1979 para lidar com o crescimento populacional, pode afetar o país no longo prazo porque tende a reduzir a força de trabalho. "Acho que em 2020 isso vai se voltar contra eles e atingi-los em cheio", afirmou. O mercado imobiliário nos EUA foi atingido no ano passado pela crise causada pelo aumento da inadimplência no mercado de hipotecas de risco. A crise se alastrou para outras formas de financiamento e outras categorias de crédito, e causou prejuízos de bilhões de dólares a bancos que detinham quantias expressivas de papéis lastreados por essas hipotecas. Uma das empresas mais atingidas no setor foi a Countrywide Financial --que hoje divulgou ter registrado um prejuízo de US$ 893 milhões no primeiro trimestre, devido a um aumento expressivo nas provisões para cobrir novas perdas com inadimplência. A Countrywide informou ainda que reservou US$ 1,5 bilhão para cobrir as perdas com falta de pagamentos dos financiamentos já concedidos. Em março, a venda de casas novas nos EUA caiu 8,5% em março, atingindo 526 mil unidades --menor nível desde outubro de 1991. O preço médio das casas vendidas no mês passado caíram 13,3% na comparação com março de 2007. Foi o maior recuo percentual na comparação ano a ano desde a queda de 14,6% registrada em julho de 1970.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação