Economia

Argentina assina contrato para primeiro trem bala na América Latina

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postado em 29/04/2008 17:08
A Argentina assinou nesta terça-feira contrato para construir o primeiro trem de alta velocidade da América Latina, que unirá as três maiores cidades do país, com um custo total de 2,4 bilhões de euros, revelou o consórcio europeu responsável em comunicado. "Conseguimos 100% do financiamento para realizar a obra, com um prazo de sete anos e pagamento em 30 anos", comunicou a presidente Cristina Kirchner ao discursar no ato da assinatura do acordo na Casa Rosada. O consórcio Veloxia, liderado pela empresa francesa Alstom, afirmou em uma nota divulgada à imprensa que o financiamento de 2,4 bilhões de euros, aproximadamente 4 bilhões de dólares, foi assegurado pelo banco francês Natixis. "A obra vai mudar o perfil da região. Integrará Buenos Aires com o complexo agroindustrial do país", disse Cristina durante a cerimônia. O popularmente chamado trem bala unirá a cidade de Buenos Aires a Rosário, 300 quilômetros ao norte, e a Córdoba, 700 quilômetros ao noroeste, que representam o maior conglomerado urbano da nação sul-americana, na região mais rica. O consórcio Veloxia é integrado também pela empresa espanhola Isolux, junto com a construtora IECSA e a empresa especializada em material ferroviário EMEPA, ambas argentinas. O trem de alta velocidade deve ficar pronto em 36 meses e fará o trajeto Buenos Aires-Rosário-Córdoba em três horas para conectar três cidades que são o eixo da maior atividade industrial, agrária e de serviços do país. No entanto, a iniciativa despertou uma onda de críticas da oposição liberal, entre elas a da Coalizão Cívica (CC), derrotada nas eleições de outubro passado, nas quais a atual presidente Cristina Kirchner saiu vencedora. "É uma obra faraônica e haverá corrupção. É um investimento de 4 bilhões de dólares, sem nenhum sentido de projeção estratégica. É um calote gigantesco", afirmou o deputado Fernando Sánchez (CC). O trem bala argentino atingirá velocidades entre 250 e 300 km/hora.

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