Jornal Correio Braziliense

Economia

Expectativa por PIB e Fed deixa Bolsas americanas sem tendência definida

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Com a expectativa pela decisão do Federal Reserve (Fed, o BC americano) e a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) referente ao primeiro trimestre, além do anúncio feito hoje de indicadores econômicos pouco favoráveis, mantiveram os investidores cautelosos e fizeram com que Wall Street tivesse um dia sem movimento nítido. A Bolsa de Valores de Nova York fechou em ligeira baixa de 0,31%, com 12.831 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 caiu 0,39%, para 1.390 pontos. Porém, o indicador Nasdaq Composite, da Bolsa tecnológica Nasdaq, fechou em alta de 0,07%, indo para 2.426 pontos. A previsão para a decisão do Fed é de mais um corte na taxa de juros (seria o sétimo consecutivo), desta vez de 0,25 ponto percentual, para 2% ao ano. Alguns analistas, no entanto, estimam que o banco poderá manter a atual taxa e se decidir por um corte mais adiante. "Não há pânico por causa dos números da confiança do consumidor, mas há mais preocupação sobre a inflação do que tínhamos há algumas semanas", disse o diretor da Baird & Co. Jim Herrick. "Todos estão interessados no que o Fed vai fazer a respeito." No mesmo dia deve ser anunciado também o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referente ao primeiro trimestre deste ano. No último trimestre do ano passado, a economia cresceu apenas 0,6%, contra 4,9% no terceiro trimestre. No ano passado como um todo, a economia dos EUA cresceu 2,2%, menor desempenho desde 2002, quando a expansão foi de 1,6%. Em 2006, a economia americana teve aumento de 2,9%. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou hoje que a economia do país está "muito lenta" e que isso se refletirá nos dados de crescimento que serão anunciados quarta-feira. "Penso que mostrarão que é uma economia muito lenta", afirmou ao ser questionado sobre o que esperava dos números do PIB para o primeiro trimestre, que serão anunciados amanhã. "Porém, não posso adivinhar qual será o valor de crescimento", acrescentou, ao afirmar que não foi informado de antemão sobre os números da economia. Indicadores divulgados hoje sobre o mercado imobiliário mostram que o problema ainda está longe de uma solução: empresa RealtyTrac (que compila dados sobre o setor imobiliário) informou que o número de proprietários de imóveis residenciais nos EUA que já receberam ao menos uma notificação referente a ação de despejo chegou a 649.917 --um aumento de 112% na comparação com os 306.722 no primeiro trimestre de 2007. Além disso, o índice S/Case-Shiller, divulgado hoje, mostrou que os preços dos imóveis residenciais em 20 regiões metropolitanas dos EUA tiveram queda em fevereiro, como mostra o recuo de 12,7% no na comparação com fevereiro de 2007. O índice reflete o desempenho fraco das vendas de imóveis pelo país e o aumento do estoque de imóveis vagos --o que contribui para reduzir ainda mais os preços. Na comparação com janeiro, a queda foi de 2,6%. Hoje o instituto privado de pesquisa Conference Board informou que o índice de confiança do consumidor americano na economia recuou para 62,3 pontos em abril, contra 65,9 em março (dado revisado). O dado foi o menor desde março de 2003. No mercado imobiliário, o índice S/Case-Shiller mostrou que os preços dos imóveis residenciais em 20 regiões metropolitanas dos EUA tiveram queda de 12,7% em fevereiro, na comparação com fevereiro de 2007.