Economia

Standard & Poor's eleva nota do Brasil para grau de investimento

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postado em 30/04/2008 16:11
A agência de classificação de risco S anunciou hoje que elevou a nota de risco de crédito (rating) do Brasil para "BBB-", o que coloca o País no seleto grupo de grau de investimento. A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado "grau de investimento". Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação De acordo com a analista de crédito da S, Lisa Schineller, o Brasil é o 14º país com dívida em moeda estrangeira a receber classificação "grau de investimento". "A elevação reflete a maturidade das instituições e da estrutura política do Brasil, como evidenciado pela melhora fiscal e da dívida externa e também pelo avanço na tendência de perspectivas de crescimento", diz a analista. "A dívida líquida geral do governo continua maior que a de muitos países com rating "BBB", mas é bastante previsível que o histórico de pragmatismo fiscal e de polícias de gerenciamento da dívida mitigam este risco", acrescentou Lisa A S diz ainda que a dívida externa do País, em ativos líquidos no exterior, caiu drasticamente - a dívida líquida é projetada em 3% dos recibos de conta corrente (CAR) em 2008, do excesso de 100% do CAR em 2004. Embora alguma deterioração seja provável devido à volta do déficit em conta corrente, esperamos que o aumento da dívida externa seja modesto. Lisa explicou que a pragmática política macroeconômica fortaleceu os fundamentos para um crescimento real de 4%-4,5% em 2008. Um amplo mercado consumidor, a ampliação dos mercados de capitais e o crescente nível de formalização sustentam melhoras nas perspectivas de investimento. Apesar das apertadas condições globais de crédito, a perspectiva de crescimento maduro do Brasil continua atraindo investimento estrangeiro direto (IED) diverso em termos de amplitude e destino. O fluxo de IED acumulado até abril é estimado em US$ 12,4 bilhões e caminha para bater o recorde de US$ 34,6 bilhões do ano passado. Espera-se que o IED cubra o atual déficit em conta corrente, estimado em US$ 20 bilhões para 2008. As informações são da Dow Jones

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