A Bolsa de Nova York fechou em baixa nesta quarta-feira, apesar de um novo corte nas taxas de juros nos Estados Unidos: o Dow Jones perdeu 0,09%, e o Nasdaq, 0,55%.
O Dow Jones Industrial Average (DJIA) desceu 11,81 pontos situando-se em 12.820,13 unidades e o índice de alto componente tecnológico Nasdaq perdeu 13,30 pontos estabilizando-se em 2.412,80 unidades e o índice ampliado Standard and Poor's 500 baixou 5,35 pontos a 1.385,59 unidades (-0,38%), segundo as cifras definitivas do fechamento.
Wall Street registrou, no entanto, um mês de abril positivo. Trata-se, inclusive, do melhor mês para os três índices desde outubro de 2007: o Dow Jones ganhou 4,54%, o Nasdaq 5,86%, e o SP 500 subiu 4,76%.
Como se previa, o Fed reduziu em um quarto de ponto sua taxa básica de juros, que foi para 2%, forçada pela debilidade da atividade econômica.
Embora a decisão no começo tenha sido acolhida favoravelmente, os investidores logo voltaram atrás.
"O Fed não esteve firme em relação à inflação. Por outra parte, não descartou a possibilidade de reduções adicionais", comentaram analistas do site de informações financeiras Briefing.com.
Segundo o Briefing.com, os mercados esperavam que o Fed indicasse explicitamente uma pausa na flexibilização monetária, que sugerisse que o pior da crise havia passado.
Lindsey Piegza do FTN Financial destaca, no entanto, que "os investidores obtiveram o que queriam porque o Fed dá a entender que concluiu a fase de baixar as taxas e se mostra otimista sobre o crescimento econômico".
Um pouco mais cedo, a publicação das cifras do produto interno bruto (PIB) revelou um aumento de 0,6% do crescimento nos Estados Unidos no primeiro trimestre, levemente superior ao 0,5% previsto.
Já o setor privado desmentiu os prognósticos criando 10.000 empregos em abril, contra uma perda de 60.000 prevista, segundo o gabinete de administração de recursos humanos ADP, cujos dados antecipam com freqüência os números oficiais sobre emprego, esperados para sexta-feira.
O mercado obrigatório terminou em alta. O rendimento dos bônus do Tesouro a 10 anos ficaram em 3,759%, contra 3,825%, ontem, e o dos títulos a 30 anos a 4,497%, contra 4,559%.