postado em 02/05/2008 10:58
As Bolsas européias operam em alta expressiva nesta sexta-feira (02/05), com a divulgação dos números do mercado de trabalho americano referentes a abril.
Às 10h51 (em Brasília), a Bolsa de Paris tinha alta de 1,52%, operando com 5.082,73 pontos; a Bolsa de Amsterdã subia 1,26%, para 481,53 pontos; a Bolsa de Milão tinha ganho de 1,53%, indo para 26.147 pontos; e a Bolsa de Zurique subia 1,85%, para 7.668,54 pontos.
Pouco antes, às 10h37 (em Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,90%, para 6.203,10 pontos; e a Bolsa de Frankfurt tinha alta de 1,58%, indo para 7.058,71 pontos.
A economia dos EUA eliminou 20 mil empregos no país no mês passado, enquanto a taxa de desemprego teve ligeira retração, passando para 5% (contra 5,1%) em março. Foi o quarto mês consecutivo de perdas de postos de trabalho no país, mas o resultado foi menos negativo que o previsto: as projeções dos economistas eram de que abril veria a eliminação de 60 mil vagas.
Nesta semana a consultoria ADP Employer Services informou que o setor privado da economia americana iria apresentar a criação de dez mil postos de trabalho no mês passado. Apesar da ligeira melhora em relação a março, no entanto, a tendência da economia como um todo (e os possíveis efeitos sobre o mercado trabalho) ainda preocupam os economistas. A economia americana registrou um crescimento de apenas 0,6% no primeiro trimestre deste ano, mesma taxa de expansão verificada no quarto trimestre de 2007.
"[O dado sobre empregos] foi muito melhor que o esperado (...) e, com isso, a economia parece estar em melhor forma do que pensamos", disse à agência de notícias Reuters o chefe do grupo de gestão de títulos do Deutsche Bank Private Wealth Management em Nova York, Owen Fitzpatrick. "Isso vai aliviar algumas das preocupações de que estamos a caminho de uma redução acentuada dos empregos e de uma recessão."
Nesta sexta-feira (02/005) também o Federal Reserve (Fed, o BC americano), o BCE (Banco Central Europeu) e o Banco Nacional Suíço (banco central da Suíça) anunciaram o aumento de sua contribuição à liqüidez dos mercados financeiros.
O Fed aumentou a soma disponível em seu sistema de leilão de US$ 25 bilhões para US$ 75 bilhões, começando na próxima segunda-feira (5). O Fed ainda colocou à disposição dos bancos comerciais US$ 150 bilhões em suas reservas, contra US$ 100 bilhões em abril. Já o BCE informou que irá elevar a oferta por leilão para US$ 25 bilhões e o BC suíço irá aumentar a freqüência dos leilões de recursos para os bancos comerciais, realizando-os a cada 14 dias, com uma oferta máxima de US$ 6 bilhões por leilão.
Nesta semana o Fed reduziu sua taxa de juros para 2% (corte de 0,25 ponto percentual), marcando o sétimo mês consecutivo de queda da taxa, o que também foi recebido pelos investidores com otimismo.