Economia

Bolsa de NY perde fôlego, mesmo com divulgação de indicadores econômicos favoráveis

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postado em 02/05/2008 16:02
A Bolsa de Valores de Nova York opera em ligeira alta nesta sexta-feira (02/05), mas perdeu fôlego em relação ao movimento pela manhã, mesmo com a divulgação de indicadores econômicos vistos como favoráveis. Os investidores passaram a vender papéis para realizar os lucros acumulados nas últimas sessões. Às 15h38 (em Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) estava em alta de 0,13%, operando com 13.026,78 pontos, enquanto o S 500 tinha ligeira variação positiva de 0,09%, indo para 1.410,65 pontos. A Bolsa Nasdaq aprofundou as perdas e passou a operar em baixa de 0,55%, com 2.467,04 pontos. Pela manhã, os investidores encontraram disposição para avançar nos negócios com a divulgação do Departamento do Trabalho, que informou terem sido eliminados 20 mil postos de trabalho em abril. Foi o quarto mês consecutivo de perdas no mercado de trabalho americano, mas o dado superou as estimativas pessimistas dos investidores, que previam uma perda de ao menos 60 mil empregos no país no mês passado. A taxa de desemprego também teve uma ligeira melhora, passando de 5,1% em março para 5% em abril. Hoje também foi divulgado um crescimento de 1,4% nos pedidos às fábricas nos EUA em março, contra uma queda de 0,9% em fevereiro e uma de 2,3% em janeiro. Os dados de hoje, e outros indicadores mais favoráveis que o esperado divulgados recentemente --como o crescimento de 0,6% na economia americana no primeiro trimestre, contra uma expectativa de resultado negativo-- levaram o porta-voz da Casa Branca, Tony Fratto, a dizer hoje que não há sinais de que uma recessão esteja por perto. Os investidores mantiveram algum bom humor desde quarta-feira (30 de abril), quando o Federal Reserve (Fed, o BC americano) reduziu sua taxa de juros mais uma vez --a sétima consecutiva--, para 2%. Hoje também o Federal Reserve (Fed, o BC americano), o BCE (Banco Central Europeu) e o Banco Nacional Suíço (banco central da Suíça) anunciaram o aumento de sua contribuição à liqüidez dos mercados financeiros. O Fed aumentou a soma disponível em seu sistema de leilão de US$ 25 bilhões para US$ 75 bilhões, começando na próxima segunda-feira (5). O Fed ainda colocou à disposição dos bancos comerciais US$ 150 bilhões em suas reservas, contra US$ 100 bilhões em abril. Já o BCE informou que irá elevar a oferta por leilão para US$ 25 bilhões e o BC suíço irá aumentar a freqüência dos leilões de recursos para os bancos comerciais, realizando-os a cada 14 dias, com uma oferta máxima de US$ 6 bilhões por leilão. O diretor-gerente da Canaccord Adams, Dave Rovelli, disse à agência de notícias Associated Press que o movimento ligeiramente negativo deve-se apenas a uma realização de lucros acumulados, uma vez que os indicadores econômicos foram, de modo geral, favoráveis. A Bolsa Nasdaq, no entanto, caía devido à previsão da Sun Microsystems de um terceiro trimestre de perdas, devido à queda nas vendas nos EUA e à tendência dos consumidores de adiarem a realização de gastos de maior expressão.

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