Economia

Standard's: crescimento brasileiro deve desacelerar este ano

PIB deve crescer entre 4% e 4,5%. Crescimento de 5,4% do ano passado não deve se repetir

postado em 02/05/2008 16:28
A diretora para ratings soberanos da Standard & Poor's, Lisa Schineller, afirmou nesta sexta-feira (02/05), em teleconferência com investidores e repórteres, que a economia brasileira deverá desacelerar neste ano, para um ritmo mais próximo da taxa potencial de crescimento que na sua avaliação é entre 4% a 4,5%. "O crescimento de 5,4% do ano passado não deve se repetir, prevemos uma desaceleração da economia para algo em torno de 4% a 4,5%," destacou Apesar da previsão, Lisa vê fundamentos mais fortes da economia interna brasileira, como sua orientação pragmática, o compromisso com o combate à inflação, os planos de reajustar a conta fiscal e o amadurecimento das instituições. Ela destaca, também, a melhoria nos indicadores externos. De acordo com seus cálculos, o Brasil não é credor líquido, ao contrário das estimativas oficiais do governo. Ainda assim, a dívida externa caiu bastante, avaliou, chamando atenção também para as reservas internacionais. "A combinação desses fatores permitiu ao Tesouro melhorar muito a composição do perfil da dívida brasileira", elogiou, ressaltando que este indicador está em linha com outros países investment grade. "A vulnerabilidade do perfil de dívida do Brasil diminuiu. A diretora da S avaliou, ainda, que viu "planos mais concretos de ajustar a conta fiscal" desde dezembro de 2007, quando a agência reafirmou o rating soberano do País. Ela também enfatizou o forte desempenho da arrecadação registrado no primeiro trimestre, mesmo com a perda das receitas da CPMF. Para ela, os resultados recordes não devem se repetir no resto ano, mas ainda assim devem ficar me linha com a meta do governo "O ambiente externo está mais desafiador, mas por causa do amadurecimento das instituições e da economia o Brasil ainda atrai investimentos estrangeiros", ressaltou. Ela chamou atenção para o fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED), que, em sua visão, deve bater neste ano o recorde de apresentado em 2007. Para ela, estes investimentos representam um "grande contrapeso ao déficit em conta corrente" e ajudam a financiar a dívida externa

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