postado em 06/05/2008 08:55
O banco suíço UBS, que sofreu grandes perdas em conseqüência da crise de crédito no mercado imobiliário nos Estados Unidos, anunciou um corte de 5,5 mil empregos. Os cortes - que representam 7% da força de trabalho - serão realizados até meados de 2009.
O banco anunciou perdas de US$ 11 bi (cerca de R$ 18 bi) para o primeiro trimestre de 2008 e disse acreditar que as "difíceis condições de negócios" vão permanecer, forçando o grupo a cortar custos "ativamente".
O presidente do banco, Marcel Rohner, disse, no entanto, não acreditar que o banco terá de buscar uma fusão com outra empresa por causa de suas dificuldades.
"O primeiro trimestre demonstrou que nós podemos enfrentar grandes desafios apenas com o apoio dos nossos acionistas", disse ele.
Investimentos de alto risco.
O UBS anunciou até agora perdas de US$ 37 bi, mais do que qualquer outro grande banco afetado pelas recentes turbulências no mercado financeiro internacional.
Em um relatório a acionistas no mês passado, o banco admitiu que sua estratégia de crescimento tem sido muito ambiciosa e sem um controle de risco adequado.
A estratégia deixou o braço de investimentos do banco envolvido em uma série de empreendimentos arriscados, como os investimentos ligados ao mercado de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos, cujos valores caíram drasticamente depois da desaceleração do mercado imobiliário e com a crise de créditos.
O UBS disse nesta terça-feira ter reduzido o nível de risco na sua pasta de investimentos desde o terceiro trimestre de 2007. "Nós já podemos ver os resultados da nossa resposta inicial às perdas", disse o presidente Marcel Rohner em um comunicado.
Segundo o banco, a exposição ao mercado imobiliário americano de hipotecas de alto risco caiu em 60%.