Economia

Reajuste do arroz chega ao consumidor, aponta Fipe

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postado em 06/05/2008 16:10
A alta do preço do arroz chegou a consumidor, segundo o IPC (Índice de Preço ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) de abril, divulgado nesta terça-feira (6/05). Pressionado pela demanda mundial aquecida e pela preocupação com a falta do produto em vários países, o arroz, que já vinha em elevação no atacado, fechou abril com inflação de 0,6%, após deflação de 1,23% em março. Segundo o levantamento da Fipe em São Paulo, em abril, a inflação de alimentos (0,84%) foi puxada pelos itens semi-elaborados, com destaque para arroz, carnes e leites, que acenam com perspectiva de manter a alta de preços também em maio. O arroz, que registrou variação negativa na terceira apuração do mês passado, de 1,24%, registrou inflação de 0,6% no fechamento do mês (que é a média das quatro semanas que compõem o índice) e de 7,4% na última prévia, em uma indicação de aceleração dos preços. No caso das carnes, a bovina teve deflação de 0,61% na terceira semana, inflação de 0,42% no índice fechado e de 2,62% na quarta e última prévia do mês, também em um indício de elevação dos preços. Já o leite longa vida fechou o mês com alta de 3,48%. "Alimentação de uma forma geral vai estar em alta. Nos próximos levantamentos, vamos ouvir falar muito de arroz e carne, e continuam os derivados de trigo e leite", disse Nakane. "Os produtos industrializados e "in natura" apresentaram variações menores em abril, ainda que em patamar elevados." Conforme o levantamento da Fipe, o pão francês teve a maior contribuição no IPC --que ficou em 0,54%-- entre os itens de alimentação, com variação de 8,87% em abril --a maior alta desde a primeira prévia do mês de dezembro de 2002. A farinha de trigo, por sua vez, subiu 7,46%. Segundo Nakane, as notícias não são boas em relação à tendência do preço do pão francês: na penúltima apuração de abril, a variação foi de 9,29%, e na última, de 9,68%. Por outro lado, a farinha desacelerou, de 14,93% para 7,05% na última prévia do mês.

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