Economia

Bovespa emenda quarto fechamento em nível recorde

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postado em 06/05/2008 17:44
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que registrou perdas na maior parte do pregão desta terça-feira (6/05), recuperou terreno no apagar das luzes, emendando seu quarto fechamento em nível recorde. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, registrou leve alta de 0,03%, para a pontuação histórica de 70.195 nesta terça-feira. Desde a promoção do Brasil para grau de investimento, esse indicador acumula ganho de 9,98%. O volume financeiro ainda continua alto: R$ 6,88 bilhões, acima da média de R$ 6,2 bilhões registrada em abril. O dólar comercial foi trocado por R$ 1,662, em alta de 0,24%. A taxa de risco-país atinge 197 pontos, um descenso de 1%. Na Europa, as perdas das instituições financeiras UBS e Swiss Re afetaram as principais Bolsas de Valores do continente, a exemplo de Paris (baixa de 0,44%) e Frankfurt (queda de 0,50%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York reverteu a tendência negativa da manhã e valorizou 0,40%. Tanto no Brasil quanto nos EUA, as ações do setor petrolífero contribuíram para a recuperação dos mercados, num dia em que o barril do petróleo atingiu a cotação recorde de US$ 121,84, enquanto no decorrer dos negócios se aproximou da marca dos US$ 123 em Nova York. O banco Goldman Sachs estima que o barril chegue à marca dos US$ 200 nos próximos dois anos. As ações preferenciais da Petrobras, com giro de R$ 1 bilhão, tiveram avanço de 2,62%, para R$ 45. Em Nova York, a ADR (American Depositary Receipt) da estatal petrolífera subiu 2,96%. Empresas. Entre as principais notícias do dia, o banco Itaú anunciou lucro líquido de R$ 2,043 bilhões no trimestre, um incremento de 7,4% na comparação com o resultado no mesmo período de 2007. A ação preferencial cedeu 4,16%, para R$ 47,68. Os papéis dos bancos rivais também amargaram retração: a ação do Bradesco cedeu 2,97%, para R$ 39,10, enquanto a ação ordinária do Banco do Brasil caiu 3,56%, para R$ 28,93, nesta terça-feira. A TIM Participações informou prejuízo de R$ 107,9 milhões no primeiro trimestre de 2008, número 454% maior do que a do mesmo período do ano passado (R$ 19,5 milhões). Analistas do mercado projetavam perda muito menor, em torno de R$ 10 milhões. O número foi muito pior do que o estimado pelo mercado. A ação preferencial despencou 7,71%, para R$ 5,26, neste pregão. "Destacamos ainda como ponto negativo o decréscimo de 14,5% no Arpu (receita média por cliente) da companhia que, mesmo levando-se em conta a sazonalidade do primeiro trimestre, com menor número de dias úteis, permaneceu muito abaixo do decréscimo verificado na Vivo (retração de 4,2%)", avaliou o analista Felipe Cunha, da corretora Brascan.

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