Economia

Petróleo ultrapassa pela primeira vez os US$ 123 em NY

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postado em 07/05/2008 14:35
Após três sessões de recordes, o barril de petróleo mantém a trajetória de alta nesta quarta-feira (07/05) em Nova York. No início da sessão, os investidores aguardavam a divulgação dos estoques dos Estados Unidos e a commodity chegou a transitar em território negativo. Prevaleceram, no entanto, os temores de abastecimento com os problemas na Nigéria. Às 12h14 (horário de Brasília), na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), o contrato do barril de petróleo cru para entrega em junho subia US$ 1,19, a US$ 123,03. Pouco antes, a cotação atingiu recorde absoluto, aos US$ 123,36. Nesta terça-feira (06/05), o barril avançou 1,56% e fechou em recorde de US$ 121,84. "Nos últimos dias, podemos observar um aumento das posições especulativos", disse Robert Montefusco, corretor de Sucden. "Além dos problemas na Nigéria, o Iran desafia o mundo com seu programa de enriquecimento nuclear e a demanda da Índia e China segue muito forte", acrescentou, e citou um acordo de abastecimento entre China e Venezuela. "Se não fosse isso, poderíamos ter acreditado que os preços cairiam com as cifras relativamente baixas das reservas norte-americanas", disse. As reservas de petróleo nos Estados Unidos tiveram um aumento de 5,7 milhões de barris na semana passada e alcançaram o total de 325,6 milhões, anunciou nesta quarta-feira (07/05) o Departamento de Energia. A maior parte dos analistas esperava um aumento de mais de dois milhões de barris nos estoques desta commodity. Segundo o governo americano, com este aumento de 1,82%, as reservas de petróleo estavam dentro da média desta época do ano. Os temores sobre a oferta na Nigéria seguem como o principal referencial da cotação nesta quarta-feira. "Ainda que a Exxon Mobil tenha recuperado seus níveis de produção normais na Nigéria, a 800 mil barris ao dia, o que reduziu um pouco os temores sobre a oferta, soubemos hoje que ainda faltavam 164 mil barris por dia de produção da Shell no mesmo país", informaram analistas do banco britânico Barclays Capital.

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