Economia

Petróleo encosta nos US$ 124 em quinto dia de recorde

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postado em 08/05/2008 12:17
O preço do barril de petróleo chegou muito próximo dos US$ 124 dólares em Nova York nesta quinta-feira (08/05), após fechar em recorde pela quarta sessão consecutiva nes quarta-feira (07/05). Às 11h42 (horário de Brasília), na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), o contrato do petróleo cru para entrega em junho era cotado a US$ 123,68, em alta de 0,12%. Pouco antes, no entanto, o barril bateu o maior patamar já negociado durante uma sessão, a US$ 123,90. Na quarta-feira, o petróleo fechou a US$ 123,53, em alta de 1,39% em relação ao dia anterior. Durante a sessão de ontem, o barril chegou a ser negociado a US$ 123,80, até então recorde. Em Londres, o Brent do Mar do Norte também estabeleceu um novo recorde nesta quinta-feira, a US$ 122,79. "O fato de que os preços não tenham voltado a cruzar abaixo dos US$ 120 o barril finalmente encorajou os compradores a voltarem com força ao mercado", disse Bart Melek, analista da BMO Mercados de Capitais. Esta nova seqüência de recordes ocorre apesar da ausência de novos elementos no mapa geopolítico, da reconstituição das reservas norte-americanas de petróleo e da recuperação do vigor do dólar, fatores que normalmente fazem os preços recuarem. Por outro lado, o ministro do petróleo iraniano, Gholam Hosein Nozari, afirmou nesta quinta-feira que os preços do barril alcançarão os US$ 200 "se continuarem as atuais circunstâncias" nos mercados internacionais. Em declarações à agência Irna, ele considerou que a fraqueza do dólar americano "é a principal causa" da elevação dos preços do petróleo. No entanto, disse que "as dificuldades de produção na Nigéria são uma razão a mais". O Irã, um dos maiores exportadores do mundo, e com peso na Opep, tem avaliado que os preços atuais "não são reais", e tem descartado o aumento da produção do cartel. Nozari anunciou em fevereiro que seu país elevou a produção a 4,184 milhões de barris diários, o que classificou como um "recorde" perseguido há três décadas.

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