postado em 09/05/2008 15:38
Os 13 países integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) registrarão receitas de US$ 1,06 trilhão com a exportação do óleo bruto neste ano, segundo projeções do governo americano. Esse patamar representa aumento de 57,2% em relação aos US$ 674,5 bilhões contabilizados em 2007, conforme avaliação da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), órgão do governo americano que acompanha o mercado mundial de energia.
O volume do ano passado já havia sido o mais elevado na história da Opep, que responde por cerca de 37% do óleo comercializado no mundo. Em 2002, antes do início da atual escalada nos preços, as receitas da Opep com exportações de petróleo somaram US$ 197,2 bilhões, conforme a EIA. Em seis anos, portanto, as receitas do grupo cresceram mais de cinco vezes
As receitas da Opep podem até ficar acima das estimativas iniciais, já que os técnicos do governo americano estão trabalhando com um preço médio do petróleo para este ano abaixo de US$ 110 por barril, muito inferior aos US$ 125 pelos quais o barril do produto tem sido negociado nos últimos dias. Uma oscilação de 10% no preço médio pode significar uma injeção adicional de cerca de US$ 100 bilhões anuais nos cofres dos países da Opep
A Arábia Saudita, maior produtor e exportador mundial, poderá alcançar receitas próximas a US$ 300 bilhões neste ano, superando em quase 70% as exportações totais brasileiras, estimadas em US$ 180 bilhões para 2008. Os seis países que participam da Opep localizados próximos ao golfo pérsico (Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Kuwait, Irã e Iraque) deverão movimentar quase US$ 700 bilhões, pelas projeções da EIA. Após a Arábia Saudita, as maiores receitas são dos Emirados Árabes (US$ 99 bilhões), Irã (US$ 90 bilhões), Kuwait (US$ 86,3 bilhões), Iraque (US$ 60 bilhões) e Catar (US$ 41 bilhões)