Economia

Preços dos alimentos cai no primeiro decêndio de maio, diz FGV

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postado em 09/05/2008 18:44
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), um dos três índices que forma o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), indicou que houve redução no preço dos alimentos no primeiro decêndio de maio, em relação ao primeiro decêndio de abril. O IPC ficou 0,27% em maio, contra 0,40% no primeiro decêndio de abril, registrando desaceleração no grupo Alimentação. A taxa referente à inflação dos alimentos caiu de 0,84% em abril para 0,35% maio. A FGV divulgou, hoje (9), pela manhã, que o IGP-M do primeiro decêndio de maio ficou quatro vezes maior que o primeiro decêndio de abril. Mesmo com a redução da variação dos alimentos, o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, acredita que ainda não é possível esperar diminuição nos preços dos alimentos para as próximas análises. Ele explicou que o IPC de maio apresentou redução porque abrange alimentos em queda e em alta. ;Nos preços ao consumidor temos, além dos produtos industrializados, lacticínios, macarrão e carne, que subiram, e os alimentos in natura, como as hortaliças e frutas, que caíram de preço;, revelou Quadros. As hortaliças tiveram variação de 5,41% em abril e, em maio, a variação em maio foi de ;1,77%. O economista explica também que o IPC do próximo período deve refletir a inflação de matérias-primas, medida pelo Índice de Preços por Atacado (IPCA) - outro componente do IGPM. A taxa do IPCA de maio ficou em 1,82%, sete vezes maior do que a registrada no mesmo período de abril. ;Os itens derivados do campo e da indústria continuam subindo;, disse. ;O grande impacto desse índice foram as matérias-primas. Nelas, temos produtos agrícolas com grande impacto, como o arroz [variação de -1,24% em abril para 32,76 em maio] e isso já está sendo repassado para o varejo;, completou. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), também formador do IGP-M, ficou em 0,79% em maio ante 0,59% registrado em abril. Nesse índice, subiram os grupos Materiais e Serviços (de 0,71% para 0,80%) e Custo de Mão-de-Obra (de 0,46% para 0,79%).

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