Economia

Ruralistas argentinos ameaçam prorrogar paralisação

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postado em 11/05/2008 15:29
Os proprietários rurais da Argentina ameaçaram neste domingo (11/05) prolongar o locaute (greve patronal) do país. O grupo estabeleceu a data de 15 de maio para que o governo da presidente Cristina Fernández de Kirchner atenda às suas reivindicações, principalmente a redução dos impostos para exportação de soja e girassol. Caso contrário, prometeu "continuar com os protestos", segundo Hugo Biolcatti, vice-presidente da Sociedade Rural Argentina. Biolcatti cobrou "medidas positivas" do governo. Na última quarta-feira, as quatro principais organizações do campo anunciaram a retomada da paralisação patronal, que durante 21 dias em março, mediante quase 400 bloqueios de rodovias, provocou desabastecimento de alimentos e insumos Os proprietários afirmaram que o governo não cumpriu com suas exigências. O grupo disse que manteria os protestos por oito dias - o prazo acaba na quinta-feira -, para então analisar novamente a estratégia. Em princípio, o novo protesto deveria consistir em mobilizações de produtores ao lado das rodovias e na decisão de não comercializar grãos destinados à exportação. Mas, em quase 200 pontos do país, os ruralistas estão impedindo, durante várias horas ao dia, a passagem de caminhões com produtos agropecuários, assim como de veículos vindos de outros países. Porta-vozes dos produtores rurais disseram esperar um novo "sinal positivo" do governo. Cristina já disse anteriormente que se recusa a negociar sob pressão O secretário de Agricultura, Javier de Urquiza, declarou hoje à agência de notícias oficial Telam que a paralisação é "incompreensível", uma vez que o governo havia apresentado "propostas capazes de superar" o impasse. "É importante que a população compreenda que é obrigação do governo manter, para o bem de todos, os equilíbrios entre o consumo doméstico e a alta demanda internacional de alimentos, que leva a priorizar À exportação", em detrimento do abastecimento do mercado interno, completou Urquiza O governo alega que o aumento dos impostos sobre produtos agrícolas de exportação busca impedir que os altos preços internacionais contaminem o mercado interno. Com isso, seriam prejudicados os consumidores de menor poder aquisitivo, apontam as fontes oficiais

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