postado em 12/05/2008 18:12
A Bolsa de Nova York começou a semana em alta nesta segunda-feira, impulsionada pela queda do petróleo, a alta das ações de empresas tecnológicas e por uma leve recuperação do dólar, que apaziguou em parte os temores dos investidores sobre a inflação.
O Dow Jones Industrial Average (DJIA) avançou 1,02%, encerrando a 12.876,31 pontos, enquanto o índice de alto componente tecnológico Nasdaq subiu 1,76%, a 2.488,49 pontos.
Já o seletivo S 500, que mede o rendimento das 500 principais empresas cotadas na Bolsa de Nova York, fechou em alta de 1,1%, aos 1.403,6 pontos.
O dólar recuperou terreno em relação à divisa européia --a US$ 1,55 por euro-- e ajudou o petróleo a interromper uma seqüência de recordes na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), a US$ 124,23 (em baixa de 1,37% sobre o fechamento de sexta-feira). Apesar de ter passado quase toda a sessão em baixa, o petróleo registrou uma alta, aos US$ 126,40 --nova marca histórica de referência--, que coincidiu com uma recaída do dólar.
"O entusiasmo foi generalizado com o retrocesso do petróleo e a recuperação do dólar", explicou Peter Cartillo, analista da Avalon Partners.
Os investidores em Wall Street temiam que uma alta do preço da energia afetasse o consumo, que contribui com mais de dois terços da atividade econômica dos EUA. Com a fragilidade do dólar e para se proteger da inflação, investidores também se lançaram às matérias-primas, provocando uma escalada dos preços dos alimentos.
Tecnologia
Por outra parte, "os investidores têm a impressão que a crise de crédito se resolve aos poucos, após os anúncios de projetos de aquisição no setor tecnológico", disse Mace Blicksilver, analista da MarbleHead Asset Management.
O grupo de informática Hewlett-Packard confirmou nesta segunda-feira que negocia com a empresa de serviços de informática EDS uma possível compra, calculada em US$ 12 bilhões.
Os papéis do setor de tecnologia contaram com o impulso da Research In Motion, fabricante do popular BlackBerry, cujas ações subiram após anunciar a nova versão do aparelho, que foi reformulado para competir com o iPhone, da Apple.
Financeiro
O mercado também foi impulsionado por notícias a respeito da crise de crédito. O banco anunciou hoje uma alta do lucro no primeiro trimestre de 2008, apesar de uma depreciação de ativos adicional de US$ 3,2 bilhões vinculada à crise das hipotecas de risco (chamadas de "subprime") nos Estados Unidos. O banco teve um início de ano forte, apesar das turbulências nos mercados financeiros globais. A instituição anunciou ter registrado um lucro maior nos três primeiros meses de 2008 do que no mesmo período de 2007. De acordo com o HSBC, as perdas ligadas à crise das hipotecas "subprime" foi inferior aos US$ 4,6 bilhões do último trimestre de 2007. O presidente do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou que 75% da crise de crédito já foi superada, mas que a recessão está recém começando.
A securitizadora de títulos MBIA anunciou um prejuízo de US$ 2,4 bilhões no trimestre passado, ainda enfrentando problemas decorrentes da atual crise de crédito nos EUA --mesmo assim, as ações da empresa subiam 6%. Com agências internacionais.