Economia

VarigLog já começou a demitir 962 funcionários, diz sindicato

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postado em 13/05/2008 15:42
A VarigLog iniciou anteontem (11/05) a demissão de 962 funcionários, sendo 850 aeroviários (trabalhadores administrativos) e 112 aeronautas (pessoal de bordo), segundo informou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos. Atualmente, 1.643 trabalham na companhia. A assessoria de imprensa do fundo americano Matlin Patterson, que controla a empresa transportadora de cargas, confirmou que a VarigLog vai fazer um corte de funcionários para adequar seu quadro ao número de aeronaves em funcionamento, mas não especificou quantas pessoas seriam desligadas. Segundo nota, já estão em andamento reuniões com sindicatos e fiscais nomeados pela Justiça. A empresa, que já operou com mais de 20 aviões, hoje trabalha com apenas cinco, sendo que quatro deles foram reincorporados à frota recentemente, informou a assessoria. O Sindicato Nacional dos Aeroviários, por sua vez, informou que pretende criar uma comissão com os sindicatos para garantir que a convenção coletiva de trabalho seja cumprida. A VarigLog é a ex-subsidiária da Varig de transporte de cargas. A companhia é alvo de um imbróglio empresarial envolvendo o fundo Matlin Patterson e os três sócios brasileiros (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel), que travam disputas judiciais no Brasil e no exterior desde o ano passado. O fundo se associou, por meio da Volo do Brasil, com três brasileiros para controlar a empresa, mas houve um desentendimento na gestão dos recursos recebidos pela venda da Varig para a Gol _a VarigLog comprou as operações da Varig em leilão e depois revendeu a companhia aérea à Gol por US$ 320 milhões. Pendências judiciais Por conta das disputas judiciais, há meses a VarigLog enfrenta sérios problemas, como suspensão de serviços e arresto de aeronaves por falta de pagamento a fornecedores e prestadores de serviços. Os funcionários também estão com salários atrasados. Em abril, o juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, determinou a volta do fundo americano para a gestão da VarigLog e excluiu os brasileiros da sociedade. À época, o advogado Nelson Nery Junior, que representa o Matlin, informou que havia sido fixado pagamento de US$ 428 mil para cada um dos três sócios. Logo em seguida, o juiz mandou bloquear uma transferência de recursos da conta na Suíça da VarigLog para o Brasil e afastar Lap Chan, então gestor do fundo, do comando da empresa. Sobre isso, Nery Junior afirmou que o dinheiro seria usado na criação de uma linha de crédito para socorrer a empresa e não era uma tentativa de desvio.

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