postado em 13/05/2008 15:53
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras Almir Guilherme Barbassa, disse nesta terça (13/05) que, com os reajustes no preço do diesel e da gasolina promovidos no início de maio, a estatal conseguiu corrigir a defasagem entre os preços internos e os praticados no exterior.
"Na visão de longo prazo da Petrobras, houve uma compensação. Se você olhar no dia-a-dia, pode ser um pouco diferente, mas corrigimos a média dos últimos anos com esse reajuste. Estamos na média do mercado internacional", afirmou o executivo durante conferência com analistas
Barbassa lembrou que a Petrobras supre a demanda da maioria dos derivados de petróleo no mercado interno e que, por essa razão, não pode aplicar reajustes em linha com o movimento da commodity no mercado externo. "Preservamos o mercado interno não transferindo a volatilidade dos preços internacionais e não perdemos a rentabilidade por isso. Às vezes vendemos a um preço defasado e, às vezes, acima do mercado internacional", afirmou
Contudo, no primeiro trimestre de 2008 a alta do petróleo no mercado internacional provocou um aumento da participação governamental em relação ao mesmo período de 2007 e ao quarto trimestre do ano passado. A participação do governo no custo total de extração no Brasil passou de R$ 18,92 o barril no primeiro trimestre de 2007 para R$ 25,76 no quarto trimestre de 2007 e R$ 28,04 por barril no trimestre passado. O cálculo das participações governamentais (participações especiais e royalties) é calculado com base nas cotações internacionais do petróleo
"Mas estamos conseguindo manter o custo de extração sem a participação governamental apesar da alta do petróleo, que pressiona toda a cadeia", ressaltou. Em reais, o custo ficou em R$ 15,16 no primeiro trimestre, praticamente estável em relação ao mesmo intervalo de 2007. Já em dólares, houve uma variação positiva de 20%, de US$ 7,20 por barril para US$ 8,66 por barril segundo balanço financeiro divulgado ontem pela companhia