Economia

Bolsa de NY cai com vendas no varejo e avaliação negativa do Fed

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postado em 13/05/2008 16:25
A Bolsa de Valores de Nova York opera em baixa nesta terça-feira (13/05), com a divulgação de uma queda nas vendas no varejo nos EUA em abril, enquanto o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, fez uma avaliação pouco inspiradora sobre a economia. Às 16h06 (em Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), da Bolsa de Nova York, estava em baixa de 0,14%, operando com 12.857,91 pontos, enquanto o S 500 tinha alta de 0,16%, indo para 1.405,81 pontos. A Bolsa Nasdaq, no entanto, subia 0,37%, indo para 2.497,67 pontos. Outro fator a pressionar as cotações hoje foi o preço do petróleo, que atingiu nova marca recorde, de US$ 126,98. A alta é justificada pelas tensões geopolíticas em países produtores de petróleo ou em seu redor, em especial Nigéria, Líbano e Irã. O movimento especulativo em torno da commodity também influenciou na formação dos preços. Nem mesmo a perspectiva de redução da demanda foi suficiente para impedir o movimento de alta. Hoje, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) voltou a revisar para baixo seus cálculos da demanda mundial de petróleo em 2007 e 2008, para situá-la em 85,8 milhões e 86,8 milhões de barris diários, respectivamente. O Departamento do Comércio informou hoje que as vendas no varejo nos EUA tiveram queda de 0,2% em abril, contra uma alta de 0,2% em março. Excluídas as vendas de automóveis, as vendas tiveram uma alta de 0,5%, superando a expectativa dos analistas (que previam um aumento de 0,2%) e o resultado de março, que apontou elevação de 0,4% nesta mesma comparação. As vendas de automóveis tiveram uma queda de 2,8%, maior em 10 meses. O desempenho do mercado refletiu os problemas das empresas automobilísticas, que enfrentam um mau momento com o desaquecimento da economia americana --e a conseqüente redução nos gastos dos consumidores-- e a alta dos preços dos combustíveis --ontem, o preço da gasolina atingiu o quinto recorde consecutivo, chegando a US$ 3,718 por galão (3,785 litros), segundo a AAA (Associação Americana do Automóvel, na sigla em inglês).

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