postado em 15/05/2008 11:02
O governo pode estender os benefícios fiscais para reduzir o custo na produção do pão francês, caso eles sejam repassados para o consumidor final. Para isso, se espera uma redução de preços na casa de 9% a 10%, segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.
Nesta quarta-feira (14/05), o governo anunciou uma série de medidas para tentar segurar a alta do preço do pão. A principal delas é a isenção de PIS e Cofins até o fim do ano para trigo in natura, farinha de trigo e pão francês. Hoje, esses impostos têm uma alíquota de 9,25%. A isenção vale até o fim do ano, quando será avaliado se houve benefícios para o consumidor.
"A intenção é que [a redução de tributos] chegue na ponta. Se não chegar, isso não será prorrogado", afirmou Appy, durante seminário sobre reforma tributária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. "No final do ano, será avaliado o impacto no preço do produto. Se for repassado para o consumidor, a expectativa é de possivelmente mantê-lo no longo prazo." Ele afirmou que uma redução de 9% a 10% no preço final "seria o esperado". Ontem, no entanto, representantes do setor que estiveram reunidos com membros do governo no Ministério da Fazenda disseram que a queda pode ser menor e garantiram apenas que não haverá mais alta de preços. Esse ano, o preço do pão já subiu cerca de 20%.