postado em 15/05/2008 17:01
O Sindicato dos Servidores de Agências Reguladoras (Sinagências) reuniu cerca de mil servidores de agências reguladoras, na manhã desta quinta-feira (15/05), em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília, em protesto por uma posição do governo diante das propostas de reestruturação de carreira e reajuste salarial, que as entidades representantes dos servidores protocolaram, em junho do ano passado, junto ao governo.
"Nós compreendemos que o governo Lula passou por vários conflitos sobre o que fazer com as agências reguladoras. Mas hoje, a economia está se consolidando no país, o Brasil fortaleceu a economia de mercado, não houve nenhum choque macroeconômico e as agências reguladoras, numa economia de mercado, são imprescindíveis para garantir o crescimento e a estabilidade", disse o presidente do Sinagências, João Maria Oliveira, em entrevista Agência Brasil.
Oliveira destacou que a intenção das agências não é paralisar os serviços. Mas, de acordo com ele, se o governo não decidir nada hoje, irão agendar uma assembléia nacional em Brasília, para a próxima semana, onde será deliberada a possibilidade de uma greve geral, por tempo indeterminado.
"Nós não queremos penalizar a sociedade. Então, nós temos que encontrar uma saída. E lamentavelmente parece que o governo Lula só entende a linguagem da greve", disse Oliveira.
Para o presidente da Associação e do Sindicato dos Servidores das Agências Reguladoras (Aner e ANERsindical), Paulo Mendes, o silêncio do governo é um desrespeito para com a sociedade. Segundo ele, as agências reguladores protegem a sociedade e se o agente regulador é desmotivado a exercer essa proteção da sociedade, quem perde é o país, é a sociedade.