postado em 16/05/2008 08:37
Com a edição desta quinta-feira (15/05) da medida provisória (MP) que reajusta os salários de parte do servidores civis do Executivo federal e dos militares, o governo encerra apenas a primeira etapa do acerto de contas com o funcionalismo. Pelo menos 15 categorias correm contra o tempo para fechar acordos e querem ser incluídas em duas novas MPs. Dinheiro não é problema. O pedido de verba extra feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no valor de R$ 7,56 bilhões, dará sustentação orçamentária aos atuais e aos futuros aumentos.
Aguardam na fila os servidores do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), os funcionários administrativos do Ministério da Fazenda e os da Ciência e Tecnologia, entre outros. Os funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que deveriam ter sido contemplados, serão atendidos na próxima proposta. Um erro de redação no texto enviado à Casa Civil fez com que esses servidores fossem retirados da MP. Pelo acerto, a categoria tem direito a uma recomposição salarial de 76%, dividida em duas vezes, prevista para ser paga ainda em 2008.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) estima que 300 mil pessoas serão beneficiadas pela segunda leva de aumentos. Apesar de lentas, as conversas entre os sindicatos e o Ministério do Planejamento avançaram na semana passada e o fantasma de uma greve geral deixou de assombrar a mesa de negociações. A previsão dos sindicatos é que a nova MP seja publicada este mês.
Um terceiro grupo também espera concluir em breve os termos de acordos que estão sendo discutidos com a Secretaria de Recursos Humanos (SRH), vinculada ao Ministério do Planejamento. Ainda que menos numeroso, o contingente formado pelas chamadas carreiras típicas de Estado é estratégico para o bom funcionamento da máquina. Há cerca de 20 dias, algumas dessas categorias promovem semanalmente greves de 24 horas como forma de pressionar a SRH a melhorar as propostas. Os servidores do Banco Central, que chegaram a ameaçar cruzar os braços, mas acabaram recuando, fazem parte desse grupo de elite.
Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense