postado em 20/05/2008 20:38
Rio - O sucesso dos leilões do complexo energético do Rio Madeira põe na berlinda o projeto do Gasoduto Urucu-Porto Velho, que precisará de subsídios para sair do papel. Lançado no final da década passada, o empreendimento já tem licença ambiental há dois anos, mas perdeu sua principal âncora - a geração de energia na capital de Rondônia - depois que o governo decidiu pela construção das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau e de linhas de transmissão ligando a área ao Sistema Interligado Nacional (SIN).Com 550 quilômetros de extensão, o gasoduto foi elaborado com o objetivo de substituir o óleo diesel na Termonorte, usina em Porto Velho com potência de 420 megawatts (MW). Com os 6,6 mil MW do rio Madeira, porém, a geração térmica perde importância na região. Defensores do projeto aguardam solução para o impasse em breve.
Segundo o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o Ministério de Minas e Energia (MME) se comprometeu a incluir as bases para a conclusão da obra na Medida Provisória que regulamenta os sistemas isolados.
Os empreendedores querem que o governo se comprometa a manter a térmica operando na base, mesmo que os reservatórios das hidrelétricas estejam cheios. Para isso, pedem subsídio equivalente ao dado hoje ao carvão mineral de Santa Catarina. Controladora do projeto, a Petrobras, informou apenas que a questão está em análise pelo MME. El Paso e CS Participações são os sócios da estatal no empreendimento.