postado em 21/05/2008 15:34
O novo recorde do preço do petróleo, atingido nesta quarta-feira (21/05), fez com que as bolsas européias seguissem caminhos divididos. Os temores de que a alta da commodity pressione a inflação deixaram os investidores preocupados, devido ao efeito que isso possa vir a ter sobre os lucros das empresas.
A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,10%, com 6.198,10 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve ligeira variação positiva de 0,07%, indo para 487,62 pontos; e a Bolsa de Milão teve variação positiva de 0,02%, fechando com 25.508 pontos.
Na contramão fecharam as Bolsas de Paris (baixa de 0,54%, indo para 5.027,55 pontos), Frankfurt (queda de 1,09%, para 7.040,83 pontos), e Zurique (baixa de 0,69%, para 7.574,27 pontos).
O índice FTSEurofirst 300 - que reúne as ações das principais empresas européias - caiu 0,7%, para 1.340,63 pontos (menor fechamento desde o dia 1° deste mês).
O petróleo disparou hoje, chegando a US$ 132,70, recorde na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês). As ações de gigantes do setor, como BP e Royal Dutch Shell foram o que evitou que o índice FTSE 100, da Bolsa londrina, fechasse no vermelho. As ações da BP subiram 3,5%; as da Royal Dutch Shell subiram 4,7%; e as da espanhola Repsol YPF subiram 1,8%.
Queda nas reservas
A escalada do preço aconteceu depois que o Departamento de Energia dos EUA informou que as reservas americanas tiveram uma queda de 5,4 milhões de barris na semana passada. "A recente disparada nos preços do petróleo terão um impacto forte sobre o mercado de ações em algum momento e já estamos vendo alertas de empresas que são muito consumidoras de commodities e energia", disse à agência de notícias Reuters o chefe de gestão de ativos da La Française des Placements em Paris, Emmanuel Morano.
O setor de companhias aéreas - que também é sensível às variações do petróleo - registrou perdas também, com destaque para as baixas nas ações da Ryanair (-5,1%), Air France KLM (-3,5%) e da Lufthansa (-3,1%).
Também caíram as ações do setor bancário, com destaque para as do UBS (-3,5%).