Economia

Disparada dos preços do petróleo ameaça crescimento mundial

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postado em 22/05/2008 14:56
A disparada dos preços do petróleo constitui uma séria ameaça para o crescimento mundial, advertem os analistas, expressando a esperança de que o aumento seja contido rapidamente. O preço do petróleo chegou a 135 dólares nesta quinta-feira (22/05). As conseqüências desta disparada são sofridas nos quatro cantos do mundo: a Indonésia anunciou que aumentará em 28% o preço dos combustíveis, os marinheiros franceses entraram em greve para protestar contra a disparada do preço da gasolina e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) está preopcupada com este "desafio crucial" para o crescimento da região. Desde setembro, os preços aumentaram 50 dólares, e para alguns especialistas eles vão subir ainda mais. No início de maio, os analistas do banco Goldman Sachs não descartavam um barril a 200 dólares daqui a seis meses ou dois anos. Este cenário "evidentemente afetaria o crescimento econômico mundial", afirmou o economista independente Ed Yardeni. "Uma desaceleração mundial provocada por uma recessão longa e profunda nos Estados Unidos seria o resultado mais provável", acrescentou. Abalados pela crise do setor imobiliário, os Estados Unidos têm atualmente uma saúde econômica frágil e contam muito com o plano de recuperação orçamentária para sustentar a consumação. No entanto, a alta dos preços dos combustíveis pode comprometer este cenário, se a maior parte das reduções de impostos for para os postos de gasolina. A disparada dos preços "afeta uma economia mundial que está muito mais vulnerável" agora do que na época dos precedentes choques petróleiros devido à "recessão suave" nos Estados Unidos, comentou Ethan Harris, do Lehman Brothers. "Em um contexto em que o consumidor americano está em perda de velocidade rápida e em que a rarefação do crédito ainda fará sentir seus efeitos, a economia mundial pode se preparar para sofrer novos danos colaterais. A Europa já está sofrendo, e o crescimento da Ásia já é menor", acrescentou.

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