Economia

Itaú contesta venda da Nossa Caixa ao BB e pede leilão

;

postado em 23/05/2008 08:21
Um dia após ser anunciada, a negociação para a venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil (BB) foi contestada nesta quinta-feira (22/05) pelo presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal. O presidente do segundo maior banco privado do País cobra maior transparência no negócio e defende a realização de um leilão, o que garantiria melhor preço pelo patrimônio do banco estadual paulista. Ele antecipou o interesse do Itaú na disputa. ;Se o governo do Estado de São Paulo pretende vender a Nossa Caixa, entendo que a melhor forma seria um leilão, pois estaria garantido, de forma transparente, o melhor preço para o Estado. O Itaú teria interesse em participar desse eventual leilão;, declarou. O presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, José Carlos Vaz de Lima (PSDB), afirmou que a instituição tem condições de aprovar a incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil 60 dias após o envio de um projeto do governo paulista para a aprovação da alienação da sua participação no capital do banco estadual, que é de 71,25% - os 28,75% restantes estão em poder de acionistas minoritários. Lances do BB O início das negociações para compra da Nossa Caixa é o lance mais ousado do Banco do Brasil no seu plano de manter a liderança no mercado. Essa reação iniciou-se em 2007 com o começo da incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), processo que deverá estar concluído até agosto, de acordo com informações do próprio banco. Paralelamente, o BB vai incorporar aos poucos as agências do Banco do Estado do Piauí, já federalizado. O aproveitamento desses antigos bancos estaduais, no entanto, representa pouco diante da necessidade de crescimento num mercado que tende a ser cada vez mais concentrador. Com o anúncio feito na noite de quarta-feira (21/05), o BB acelera essa estratégia, de forma a responder aos concorrentes privados que adquiriram pelo menos 30 bancos nos últimos dez anos.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação