Economia

Lula diz que América do Sul poderá ter moeda e Banco Central únicos

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postado em 26/05/2008 08:29
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, após a criação da Unasul (União das Nações Sul-Americanas, que reúne os doze países da América do Sul), a região caminha para a criação de uma moeda comum e de um banco central único. "Nós agora estamos criando o Banco da América do Sul. Nós vamos caminhar para, no futuro, termos um Banco Central único, para ter moeda única (...) Agora, isso é um processo e não é uma coisa rápida", disse Lula durante o programa de rádio "Café com o Presidente", nesta segunda-feira (26/05). Lula lembrou do fato de que nem todos os países da União Européia utilizam o euro. "Na União Européia, nós tivemos países que não aceitaram moeda única, nós tivemos países que não aceitaram a constituição, mas nem por isso as pessoas falavam em crise. É uma coisa normal de uma convivência democrática na diversidade", afirmou. A zona do euro é formada por Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta e Portugal. A União Européia inclui, além destes, Bulgária, Dinamarca, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Polônia, Eslováquia, Hungria, Romênia, Estônia, Lituânia e Letônia. Segundo Lula, a criação da Unasul vai facilitar que o Brasil negocie com outros blocos em conjunto. "Poderemos fazer mais ferrovias, mais rodovias, mais pontes, mais linhas de transmissão. Ou seja, na verdade, eu acho que foi a realização de um sonho, mas ainda vamos ter que trabalhar muito para consolidar as coisas práticas", afirmou o presidente. "Hoje nós temos dezenas de empresas brasileiras investindo em todos os países da América do Sul. Nós precisamos investir na Bolívia, nós precisamos fortalecer o Paraguai, o Uruguai, a Bolívia, que são os países economicamente mais fragéis. Nós temos obrigação de ajudá-los. Porque quanto mais forte economicamente forem os países da América do Sul mais tranquilidade todos nós vamos ter, mais paz, mais democracia, mais comércio, mais empresas, mais empregos, mais renda, mais desenvolvimento", disse.

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