postado em 28/05/2008 17:28
Os preços do petróleo em Nova York recuperaram mais de US$ 2 nesta quarta-feira (28/05), anulando praticamente a correção iniciada na véspera. O barril do petróleo cru para entrega em julho encerrou negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês) a US$ 131,03, em alta de 1,69% em relação ao fechamento anterior (US$ 128,85).
Um dia antes da publicação das reservas de petróleo dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, "o movimento parece ser mais de natureza técnica, ante a ausência de novas informações sobre os fundamentos da economia", segundo Bart Melek, analista da BMO Capital Markets. "Os investidores devem ter pensado que os preços estavam baixos demais." Em nota, Richard Berner, analista do Morgan Stanley, afirmou que ainda que "os preços estejam suficientemente altos para pesar sobre a demanda nas economias desenvolvidas, os limites de oferta poderiam facilmente levar o preço do Brent (petróleo usado para referência em Londres) a US$ 150 o barril".
O barril de petróleo Brent para entrega em julho encerrou a US$ 130,93 nesta quarta-feira, em alta de US$ 2,62 em relação ao fechamento do pregão anterior.
Dada a escalada da commodity, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, pediu hoje à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para dialogar com as nações consumidoras e resolver a atual crise petrolífera, um problema global que, em sua opinião, requer soluções também globais.
Em artigo publicado no jornal "The Guardian", Brown defendeu "uma maior transparência" de produtores e consumidores, que deve ajudar a compreender melhor "as tendências da provisão e como estas afetam o preço do petróleo".
Além disso, o governo britânico aprovou hoje a exploração de duas jazidas petrolíferas no Mar do Norte, ao mesmo tempo em que Brown se reuniu com as principais companhias do setor com o objetivo de tentar enfrentar os altos preços do petróleo.