postado em 28/05/2008 17:34
A diretora-sênior da Fitch Ratings em Nova York, Shelly Shetty, afirmou que a agência internacional ainda está em pleno processo de avaliação do Brasil. "Estamos analisando todas as condições dos fundamentos, como por exemplo, quão resistente é a economia para enfrentar choques externos", comentou. Em maio, a empresa elevou a nota do País de BB para BB , quando decidiu conceder também a perspectiva positiva. Para receber o primeiro nível do grau de investimento, a avaliação soberana precisará subir para BBB-
Embora tenha ressaltado que a melhor estratégia para analisar o Brasil na atual conjuntura é "esperar e ver" a evolução da economia, ela frisou que a dinâmica fiscal apresenta "um balanço bastante favorável" neste ano. Em abril, o superávit primário atingiu 4,23% no acumulado em 12 meses, o equivalente a R$ 112 618 bilhões, patamar superior à meta de 3,8% do PIB para este ano.
Shelly Shetty não quis comentar se as especulações de que uma eventual elevação do superávit primário de 3,8% do PIB para um patamar próximo a 5% do produto interno bruto poderia acelerar a concessão do grau de investimento. No dia 19, o diretor-executivo da Fitch no País, Rafael Guedes, afirmou que um aumento de 0,50 a 0,75 ponto porcentual daquela poupança do Orçamento poderia tornar mais rápida o processo de elevação da nota soberana para BBB
A diretora da Fitch não se pronunciou sobre os boatos recentes que circularam no mercado financeiro de que a agência internacional de rating poderá conceder o grau de investimento País no curto prazo. "O processo de avaliação de um País demora um período de tempo razoável. Mas só vamos nos pronunciar sobre este tema quando tivermos uma avaliação definitiva sobre o Brasil, que será divulgada em momento oportuno", frisou