postado em 29/05/2008 18:10
A agência de classificação de risco Moody's divulgou comunicado reafirmando que a tendência dos gastos primários do governo brasileiro, sua evolução nos próximos anos e a relativa estabilidade dos indicadores da dívida pública vis-à-vis seus pares têm sido e continuarão como os principais determinantes para a avaliação de crédito do Brasil. "A Moody's tem repetidamente enfatizado a importância dos fatores fiscais como principal determinante para o rating do Brasil", diz a nota assinada pelo vice-presidente da agência, Mauro Leos
Depois que a Fitch Ratings elevou nesta tarde a nota brasileira para grau de investimento, a Moody's é a única das três mais importantes agências do mundo a classificar o País abaixo desse nível. No dia 30 de abril, a Standard & Poor's foi a primeira das três grandes a elevar o Brasil a grau de investimento
De acordo com a Moody's, os fatores adicionais que irão influenciar a perspectiva de crédito no médio prazo incluem melhorias contínuas no perfil da dívida doméstica que refletirão no alongamento da maturidade e redução dos riscos de rolagem. Como os desafios fiscais são amplamente decorrentes do crescimento real dos gastos primários, reformas que contribuem para mitigar a tendência ascendente e o componente não discricionário dos gastos do governo (Previdência, por exemplo) são considerados necessários para reduzir as pressões de médio termo nas contas fiscais, acrescenta
"A perspectiva para o rating soberano do Brasil depende do fortalecimento das contas do governo e do perfil da dívida, que diminuiriam consideravelmente as vulnerabilidades de um modo geral, assim como assegurariam uma convergência sustentada em direção a indicadores de crédito mais alinhados com a classificação grau de investimento"