postado em 30/05/2008 08:24
O governador de São Paulo, José Serra, decidiu vender ações da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) até o limite mínimo necessário para manter a estatal sob controle do Estado, que detém hoje 79% das ações da empresa.
A intenção de Serra é colocar 28% delas no mercado, assegurando o controle acionário com a manutenção de 51%. O Palácio do Planalto já foi informado da intenção do governador, que ainda insiste num pedido de prorrogação da concessão de duas usinas da Cesp para avaliar se tenta privatizá-la novamente.
Por ora, Serra desistiu da privatização diante da sinalização do governo federal de que dificilmente prorrogará as concessões das usinas de Jupiá e de Ilha Solteira - a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, tem se posicionado contra o pedido que Serra fez ao presidente Lula no início de março.
No final de março, fracassou a tentativa de Serra de privatizar a Cesp em leilão, no qual pretendia obter cerca de R$ 6,5 bilhões. Desde então, analisava com auxiliares se seria melhor investir num novo leilão ou vender ações até o limite do controle acionário. Optou pela segunda saída.
Agora, o governo paulista aguarda o melhor momento para colocar as ações no mercado. Por ora, a prioridade é a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil, uma operação que conta com a simpatia de Lula.
Serra e auxiliares também aguardam uma resposta definitiva e oficial do governo federal a respeito dos pedidos de prorrogação de Jupiá e Ilha Solteira, cujas concessões terminam em 2015. O governo paulista gostaria de renová-las por mais 30 anos, o que elevaria o valor da Cesp. Entendem que antigo parecer da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) permitiria essa renovação.