Economia

Preço da cesta básica sobe em 14 de 16 capitais, diz Dieese

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postado em 02/06/2008 13:45
O preço da cesta básica caiu apenas em duas das 16 capitais pesquisas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mensalmente, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (02/06) na Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Apresentaram queda no preço dos gêneros alimentícios essenciais, em maio, Goiânia (recuo de 1,19%) e Salvador (baixa de 0,35%). Rio de Janeiro (0,31%) e Belo Horizonte (0,98%) tiveram altas moderadas, mas localidades como Recife (14,19%), Natal (8,91%) e Florianópolis (7,61%) registraram fortes elevações. Com a variação de maio, o quadro das capitais nas quais foram verificados os maiores custos para a cesta básica mudou. O maior valor foi apurado em Porto Alegre (R$ 236,58), seguido por São Paulo (R$ 233,92) e e Belo Horizonte (R$ 230,55) - em abril, o maior custo foi da capital mineira. Na outra ponta, Salvador (R$ 176,05), Aracaju (R$ 183,40) e João Pessoa (R$ 187,21) registraram os menores valores. Com base no custo apurado para a cesta mais cara (Porto Alegre), e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o salário mínimo necessário passou a corresponder, em maio, a R$ 1.987,51, o que representa 4,79 vezes o piso em vigor (R$ 415). Em abril, o mínimo necessário equivalia a R$ 1.918,12, ou seja, 4,62 vezes o piso. Em maio de 2007, a relação entre o mínimo vigente e o necessário era bem menor que o atual, pois o valor de R$ 1.620,64 correspondia a 4,26 vezes o mínimo oficial (R$ 380). Ainda segundo o Dieese, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo, na média das 16 capitais pesquisadas, precisou cumprir, em maio, uma jornada de 111 horas e 08 minutos para adquirir os mesmos bens que no mês anterior demandavam 106 horas e 57 minutos. Ano Em relação às variações no acumulado até maio, os maiores aumentos ocorreram em capitais do Nordeste: Recife (26,52%), Fortaleza (24,28%), Natal (21,87%) e João Pessoa (20,71%). As menores elevações foram verificadas em Goiânia (1,08%), Aracaju (7,15%), Belém (8,63%) e São Paulo (8,99%). Os aumentos acumulados em 12 meses de junho de 2007 a maio último, todas as capitais superar 20% de alta. Os destaques foram Recife (46,55%), Fortaleza (40,78%) e Natal (40,75%). As menores altas foram apuradas em Porto Alegre (22,64%) e Goiânia (24,22%). Produtos da cesta Pesquisa do Dieese aponta aumento no preço da maioria dos produtos nas 16 capitais analisadas. Em comparação com maio do ano passado, sete produtos apresentaram aumento de preço. Segundo o Dieese, os aumentos generalizados ocorreram em decorrência de fatores climáticos, pressões do mercado internacional e do aumento do custo dos insumos, como adubos e fertilizantes derivados do petróleo. O preço da carne ficou mais alto em 15 capitais, com a maior elevação registrada em Florianópolis (9,92%). A única retração foi detectada em Brasília - uma baixa de 2,22%. Com exceção do Rio de Janeiro, o preço do arroz também subiu em 15 capitais. A maior alta também é da capital catarinense, de 36,77%. O pão ficou estável em Belém e caiu em Salvador. Em todas as outras 14 capitais pesquisadas, teve alta, das quais a maior em Porto Alegre, de 10,16%.

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