Economia

Bolsas européias fecham em baixa com temores sobre mercado imobiliário

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postado em 02/06/2008 14:43
As Bolsas européias fecharam em baixa nesta segunda-feira (02/06), com os novos temores entre os investidores sobre a situação das instituições financeiras - principalmente as concessoras de crédito. A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,76%, com 6.007,60 pontos; a Bolsa de Paris caiu 1,58%, para 4.935,21 pontos; a Bolsa Frankfurt caiu 1,24%, para 7.008,77 pontos; a Bolsa de Milão perdeu 1,37%, fechando com 25.247 pontos; e a Bolsa de Amsterdã teve baixa de 1,31%, ficando com 479,15 pontos. A exceção do dia foi a Bolsa de Zurique, que encerrou o pregão de hoje com valorização de 0,59%, fechando com 7.555,70 pontos. As ações da britânica Bradford & Bingley (maior concessora de crédito a proprietários de imóveis no Reino Unido) caíram 24%, depois que a empresa reduziu em um terço o preço de sua oferta de papéis e informou que a situação no mercado imobiliário está se agravando. As ações do HBOS (maior banco britânico de hipotecas) caíram 10% e as da Alliance & Leicester perderam 5,2%. O número de aprovações de hipotecas no Reino Unido caiu em abril ao menor nível em nove anos, devido à piora no cenário para concessão de empréstimos, segundo dados do Banco da Inglaterra (banco central britânico). As ações do setor de companhias aéreas também caíram, depois que a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês) informou que o segmento deverá registrar uma perda total de US$ 6,1 bilhões neste ano devido aos custos do combustível. Os destaques entre as baixas foram as ações da Air France (-3,5%) e as da Deutsche Lufthansa (-2,5%). Nos EUA o mercado imobiliário recebeu mais uma má notícia hoje: o Departamento do Comércio informou que os gastos no setor de construção no país caiu 0,4% em abril, seguindo-se a uma queda de 0,6% em março. O setor de construção vem apresentando dados problemáticos desde setembro, quando a crise no mercado imobiliário americano atingiu nível crítico. Os gastos na construção residencial caíram 2,3%. Foi o 26° declínio consecutivo nesse segmento. Já no setor de construção não-residencial houve um crescimento de 1,6%. O setor financeiro americano também foi afetado por mudanças em dois grandes bancos: o Wachovia (quarto maior dos Estados Unidos) comunicou que o executivo-chefe Ken Thompson se retirou do cargo a pedido do Conselho de Administração da empresa. O principal motivo para a queda de Thompson é a crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime") nos Estados Unidos. No primeiro trimestre deste ano, o banco teve prejuízo de US$ 708 milhões. O banco Washington Mutual tirou da presidência Kerry Killinger - - que, no entanto, irá permanecer como executivo-chefe da instituição. No primeiro trimestre, o Washington Mutual teve uma perda de mais de US$ 1,1 bilhão e fez reservas de US$ 3,5 bilhões para cobrir inadimplências em pagamentos de empréstimos. Killinger, 58, é executivo-chefe do banco desde 1990 e esteve na presidência desde 1991.

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