postado em 02/06/2008 17:16
De acordo com dados de abril deste ano, o estado do Rio de Janeiro participa com a maior parte (655.540 veículos) da frota de 1,541 milhão de veículos a gás natural veicular (GNV) no Brasil, seguido de São Paulo, com 377.416 veículos. Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), o Rio de Janeiro possui cerca de 10% do volume de carros a gás natural no mundo.O total de veículos a GNV cresceu 14% no Brasil em 2007. Para 2008, a previsão de crescimento é mais baixa do que no ano passado, e deverá atingir 10%. O coordenador do Comitê de GNV do IBP, Rosalino Fernandes, disse hoje (2) Agência Brasil que a redução da expectativa de crescimento do mercado de GNV é conseqüência da crise de abastecimento de energia elétrica registrada no final de 2007, quando termelétricas a gás tiveram que ser acionadas para que não faltasse energia no país, diante do baixo volume de água nos reservatórios. Com isso, houve uma retração no mercado.
Isso é que está afetando a procura pelo GNV no mercado, ainda hoje. Mas a tendência é disso melhorar, porque a Petrobrás está disponibilizando uma quantidade maior de gás natural proveniente da Bacia de Campos (RJ) da ordem de 30 milhões de metros cúbicos diários, revelou Fernandes.
Além disso, a Petrobrás estaria recebendo da Bolívia 28 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. Isso totaliza 58 milhões de metros cúbicos/dia de gás, para atender ao consumo de todos os segmentos de gás natural, que incluem GNV, termelétricas, residências, indústria e comércio.Somente o consumo de GNV é de 6,9 milhões de metros cúbicos diários.
Rosalino Fernandes afirmou que existe então uma sobra no total disponibilizado pela Petrobrás de oito milhões de metros cúbicos/dia de gás natural. Essa é uma notícia boa, de que nós temos gás além da demanda do mercado. E existe a expectativa de que a chegada do gás natural liquefeito (GNL) da Petrobrás já deve começar no mês de julho. E esse GNL vai atender s termelétricas. Não vai mais haver aquela crise, que houve em novembro de 2007, quando os projetos de GNL não tinham ainda sido executados nem estavam disponibilizados. Por isso, a perspectiva é de que haja um alívio na situação em 2008, comentou.
Fernandes assegurou que a visão é otimista daqui para a frente. Ele avaliou que a tendência do mercado é esquecer a crise de 2007 e pouco a pouco ampliar a demanda por GNV. O mercado mundial de GNV e as tendências do setor serão tema do 11º Congresso Internacional de GNV, que o IBP e a Associação Internacional de Veículos a Gás Natural (IANGV) promovem a partir de amanhã (3) no Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova, nesta capital.