Economia

Iedi é contra elevação da taxa básica de juros

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postado em 03/06/2008 19:27
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) defende em seu boletim "Análise Iedi" que não haja aumento da Selic, taxa básica de juros, mas o uso de "instrumentos clássicos de controle de crédito". Isso porque, segundo o Iedi, não há aceleração da indústria como um todo, mas apenas de bens de consumo duráveis, e principalmente de automóveis. O Comitê de Política Monetária do Banco Central deve definir amanhã uma nova taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano "Se há 'crescimento excessivo' na economia brasileira, isso é típico da indústria de bens duráveis, especialmente do seu carro-chefe, que é a indústria automobilística. E, se o crédito é o combustível que alimenta tão elevadas taxas de evolução, não é a majoração da taxa básica de juros da economia o remédio contra o problema, e sim algum dos clássicos instrumentos de controle do crédito", diz o texto A "Análise Iedi" vê acomodação na indústria e registra que o crescimento no primeiro quadrimestre deste ano, de 7,3%, é igual ao do último quadrimestre do ano passado, nas comparações com períodos iguais dos anos anteriores. "Essa é uma indicação clara de que em termos médios, a produção, que vinha se acelerando ao longo do ano passado, parou de ter aumento de ritmo, acomodando o seu crescimento em um nível que pode ser considerado alto (um pouco superior a 7%)", diz o texto. Segundo o Iedi, "após uma intensa aceleração da indústria (e seguramente da economia brasileira como um todo), esse processo sofreu interrupção" O instituto considera também que, "se a média do crescimento estacionou em um índice algo superior a 7%, isso ocorreu tão somente porque o segmento de bens de consumo duráveis manteve, nos primeiros meses de 2008, a forte aceleração que vinha tendo em 2007"

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