Economia

Bancos na América Latina atrairão mais investimentos em 5 anos, diz estudo

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postado em 04/06/2008 16:01
A América Latina deve ser a fonte de uma parte cada vez maior das receitas das empresas do setor bancário internacional e o Brasil é visto como o mercado mais atrativo da região, segundo estudo da EIU (Economist Intelligence Unit) divulgada nesta quarta-feira. "O Brasil é claramente identificado como o destino preferido dos investimentos" no setor bancário, com 71%, diz a EIU, com o "cenário macroeconômico promissor, após anos de crescimento econômico lento". Os desenvolvimentos econômicos positivos da região levaram a uma expansão do mercado consumidor e o ganho no poder de compra de diversos países latino-americanos aumentou a demanda por serviços financeiros, diz o levantamento. Quando considerada a dinâmica interna das economias latino-americanas como fator de atração de investimentos, o Brasil é apontado como destino preferencial por 88% dos entrevistados. De acordo com o estudo, 61% dos executivos do setor financeiro entrevistados disseram que hoje a região responde por menos de 10% das receitas totais dos bancos; quando questionados sobre as perspectivas para os próximos cinco anos, no entanto, essa proporção cai para apenas 23%. Os executivos entrevistados disseram que suas atividades devem sofrer mais com o impacto das condições adversas dos mercados mundiais que com a dinâmica da economia latino-americana no médio prazo. Embora também esteja sujeita às turbulências dos mercados tanto quanto outros mercados emergentes, a América Latina "é vista como menos frágil que no passado, o que é um sinal de confiança dos investidores na região". Os bancos estrangeiros são vistos de modo positivo na região, segundo 88% dos executivos sul-americanos entrevistados. Segundo o estudo, isso sinaliza uma rejeição menor por parte dos clientes, no caso de bancos estrangeiros virem a aumentar a aquisição de instituições na região. "O Brasil deve tirar maior proveito dos benefícios de sua condição de favorável aos investimentos", diz o documento. O Brasil teve sua classificação de risco elevada para grau de investimento por duas das principais agência de classificação, a Standard & Poor's e a Fitch Ratings --a primeira no fim de abril e a segunda no fim do mês passado.

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