postado em 05/06/2008 17:37
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuperou boa parte das perdas acumuladas nos últimos dias no pregão desta quinta-feira. A disparada dos preços do petróleo contribuiu para puxar as ações da Petrobras, que subiram mais de 5% no encerramento.
O Ibovespa, termômetro dos negócios, avançou 5,01%, para os 71.234 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,86 bilhões. Na Europa, a perspectiva de que os juros subam na zona do euro afetou as principais Bolsas do continente, que concluíram os negócios sem direção única, a exemplo de Londres (alta de 0,42%) e Frankfurt (queda de 0,33%).
Reação
O mercado reagiu às declarações de Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), de que a autoridade monetária "não descartará em sua próxima reunião subir a taxa de juros", a fim de garantir a estabilidade de preços.
As declarações de Trichet também provocaram algum estresse no mercado brasileiro de câmbio, mantendo pressionada a taxa durante boa parte do dia.
Nos últimos negócios, no entanto, o dólar comercial caiu 0,18% e foi trocado por R$ 1,627 para venda. "Hoje, havia todas as razões para o dólar cair: as Bolsas subindo e o fato do Copom ter ajustado a Selic, embora isso não fosse realmente a novidade. É que hoje o mercado se assustou um pouco com a declaração do presidente do BCE de que na próxima vez os juros (da zona do euro) podem subir", comentou Ideaki Iha, profissional da corretora Fair. "E nesta semana, o Bernanke já gerou algum nervosismo com a declaração dele sobre o dólar", acrescenta.
Auxílio-desemprego
Entre as principais notícias do dia, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos revelou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego caiu em 18 mil na semana encerrada no dia 31 de maio, para um total de 357 mil solicitações do benefício. Analistas do setor financeiro contava com um acréscimo de 3 mil pedidos no período.
Doméstico
No front doméstico, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que a inflação foi de 1,38% em maio, considerando somente os produtos de uma cesta de consumo para uma família de baixa renda (1 e 2,5 salários mínimos mensais).