Economia

Embraer estima alta de 25% na receita com jatos executivos

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postado em 06/06/2008 14:20
A Embraer planeja ver sua operação de construção de jatos executivos crescer como porcentagem de receitas, de 15% para 25% até 2010, disse nesta sexta-feira (06/06) em Paris o vice-presidente de informações de mercado sobre o setor aéreo da empresa, Luiz Sérgio Chiessi. O vice-presidente de marketing e vendas, Colin Steven, disse que os congestionamentos em aeroportos no mundo todo, atrasos e as medidas de segurança adotadas para conter ameaça de atentados terroristas estão atraindo clientes cada vez mais para o mercado de jatos executivos. Os problemas em geral no mercado de aviação comercial, que têm levado empresas a cortar vôos - como custos de combustível e planos de cortes de despesas - também podem ser positivos para as vendas de jatos, disse. Até 2017, a Embraer estima que o mercado de jatos executivos deva estar avaliado em US$ 201 bilhões. Steven disse que a Embraer detém 15% do mercado mundial, mas não ofereceu projeções para a participação que a empresa deverá ter em dez anos. No mês passado, a empresa informou que teve no primeiro trimestre deste ano receita líquida de R$ 2,3 bilhões e lucro líquido de R$ 63,4 milhões, altas de 32% e 8,4%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado. A carteira de pedidos firmes da Embraer atingiu ao final do primeiro trimestre o nível recorde de US$ 20,3 bilhões, resultado da combinação das ordens anunciadas para a família Embraer 170/190, que já acumula um total de 835 pedidos firmes e 840 opções de compra, com bom desempenho de vendas de aeronaves para o mercado de aviação executiva, com destaque para as aeronaves da família Phenom, que ultrapassaram 750 pedidos firmes em carteira. Super Tucano A Embraer confirmou nesta sexta-feira (06/06) que vendeu um avião modelo Super Tucano para uma subsidiária da Blackwater Worldwide, principal prestadora de serviços de segurança privada do Departamento de Estado dos EUA (e que também presta serviços no Iraque). A empresa informou que não pretende utilizar o avião no Iraque. Segundo o vice-presidente de informações para o setor de defesa da Embraer, Fernando Ikedo, a venda da unidade do Super Tucano foi autorizada pelos governos do Brasil e dos EUA. "Vendemos um Super Tucano para a EP Aviation [subsidiária da Blackwater], mas para uso em treinamento apenas nos EUA", disse Ikedo. "Não há ligação com o Iraque."

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