postado em 06/06/2008 16:19
O Banco do Brasil informou nesta sexta-feira (6/06) que contratou a empresa de consultoria Accenture para assessorar na coleta de informações ("due diligence") sobre a Nossa Caixa, uma das etapas no processo que visa a compra do banco estadual pelo federal, comunicado ao mercado em 25 de maio.
Ainda segundo informações da estatal, o BB Banco de Investimentos fará a análise do processo de incorporação e para auxiliá-lo, selecionou o Banco UBS Pactual.
De acordo com o BB, essa análise compreende um estudo estratégico e mercadológico; avaliação econômico-financeira do Banco Nossa Caixa, suas coligadas, controladas e participadas; análise de fatores societários e regulatórios; demais aspectos financeiros e legais usuais em processos de incorporação.
O Banco do Brasil anunciou as tratativas para adquirir a Nossa Caixa - banco controlado pelo governo paulista - sem detalhar há quanto tempo a negociação está em andamento e nem por quanto o negócio se concretizaria.
Com a eventual compra da Nossa Caixa, o Banco do Brasil poderia ganhar um pouco mais de folga na liderança do setor bancário local, onde já sentia a proximidade dos gigantes privados Itaú e Bradesco.
Segundo dados do Banco Central relativos a dezembro do ano passado, o BB possui ativos totais de R$ 357,75 bilhões. Passaria a ter cerca de R$ 405,2 bilhões com a aquisição. A Nossa Caixa é o 12° maior banco do país, com ativos totais de R$ 47,44 bilhões. Sua principal atuação é junto a servidores públicos paulistas. No início do ano passado, o banco comprou a folha de pagamento dos servidores estaduais por R$ 2 bilhões. No primeiro trimestre o banco estadual paulista teve lucro de R$ 114,9 milhões, com alta de 31% sobre o mesmo período do ano anterior.
Segundo dados da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o governo paulista detém 71,75% das ações da Nossa Caixa. No total, o valor de mercado do banco, segundo a cotação final de hoje, é de R$ 2,954 bilhões. Além da Nossa Caixa, o Banco do Brasil ainda está próximo de fechar a aquisição de mais três bancos públicos estaduais: o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), o Banco de Brasília (BRB) e o Banco do Estado do Piauí (BEP), sendo que o primeiro e o último já estão sob administração federal. Foi a maneira que o BB achou para ganhar escala diante da consolidação do setor.